Nunes Real Marisqueira: duas décadas de referência e uma nova esplanada

(Fotografia: DR)
A marisqueira de Belém assinalou o seu 23.º aniversário, e o segundo na morada atual, que ganhou recentemente uma esplanada. Entre petiscos, arrozes, grelha e ao natural, os sabores da costa portuguesa mantêm-se como espinha dorsal de uma casa com público fidelizado.

Deu-se a conhecer à cidade no final de 2001 e foi-se tornando, nas duas décadas que se seguiram, numa das marisqueiras de referência de Lisboa. Celebrou no mês passado 23 anos, e dois anos na nova morada – um espaço inspirado em Art Déco, na mesma rua onde sempre funcionaram, na Bartolomeu Dias, em Belém, mas desde 2022 na porta 172. Uma das novidades da Nunes Real Marisqueira é a esplanada em tons de verde, a combinar com o arvoredo da artéria, e que veio acrescentar 50 lugares aos cerca de 200 que já existiam dentro desta casa familiar, gerida desde sempre pelo casal Miguel e Vanda Nunes.

O peixe e o marisco de toda a costa portuguesa mantêm-se como protagonistas claros de uma carta que trabalha o produto do mar com técnicas variadas – no forno, na brasa, em fritura, a vapor, em refogados ou crus -, fruto da longa relação de confiança com fornecedores e pescadores. O resultado é a fidelização do público, alguns desde os primeiros dias. “Queremos ser o local ideal para todos os momentos, especiais ou do dia a dia: um almoço de negócios, um jantar com a família, um copo com um grupo de amigos depois de um dia de trabalho. Queremos ser uma segunda casa de quem nos visita e faz questão de voltar”, explica Miguel Nunes, adiantando que alguns dos funcionários também estão na casa desde o arranque.

O peixe e marisco chega todos os dias de vários pontos da costa. (Fotografias: Gonçalo F. Santos/DR)

Miguel e Vanda Nunes, proprietários do restaurante.

Seja agora ao ar livre ou no interior – junto ao grande viveiro e das estátuas de Neptuno e de uma sereia, mas também na barra para uma refeição mais descontraída ou na sala privada para um ambiente mais intimista -, provam-se pratos que aliam a frescura ao mar a uma cozinha de conforto, como são os casos do arroz de garoupa (28 euros) e do arroz de marisco (65 euros, para dois), ambos pratos que acompanham o percurso de duas décadas da marisqueira.

Outros clássicos são o camarão à Brás (24 euros), o lavagante à basca (135 euros/kg) ou o spaghettoni com lavagante (70 euros), mas aposta-se noutras estrelas do mar como o pregado frito com arroz de tomate (26 euros), os filetes de peixe galo com açorda de ovas (26 euros), as lulinhas fritas à algarvia (25 euros), o robalo à Bulhão Pato (34 euros) ou o bife de atum na grelha (33 euros).

O cherne grelhado no forno Josper.

O casco de santola da casa.

Sapateiras, lagostins, santolas, bruxas, caranguejos reais, ostras, percebes e canilhas são outros exemplos que marcam presença regular na carta, onde cabem propostas de tártaros, pregos e sashimi. Já a carne, aqui em declarada desvantagem, também pontua algumas escolhas, como pica-pau e bife do lombo ou as opções de cortes no forno Josper.

Resta ainda referir que a extensa garrafeira da Nunes Real Marisqueira reúne centenas de referências vínicas e que as despedidas ficam a cargo dos sorbets (de limão com vodca ou só de limão), das tartes (de gila e de limão merengada), trouxas de ovos, bolos e mousses de chocolate, pavlovas (de frutos vermelhos e de caramelo salgado) e dos gelados artesanais.

O spaghettoni de lavagante, uma especialidade da casa.

As ameijoas à Bulhão Pato.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.



Ler mais







Send this to friend