Peru
Amaru
A boa comida de rua peruana
Representada em toda a parte pelo ceviche, a verdade é que a gastronomia do Peru é muito mais rica e versátil do que parece, tendo lugar tanto na comida de rua como em restaurantes Michelin. Quem o diz é Manuel Bonneville e João David, dois dos quatro amigos que decidiram criar o Amaru na Rua de São Paulo, no Cais do Sodré, depois de um roteiro por Barcelona, onde aquela gastronomia é muito apreciada.
O pequeno espaço foi pensado para ser descontraído: tem paredes de pedra, teto com vigas de madeira e uma iluminação marcada por néons coloridos e candeeiros presos por roldanas. Já o nome remete para o último imperador inca – Túpac Amaru – e para a cobra de duas cabeças símbolo da mitologia daquele país. O objetivo é que os clientes desvendem esta cultura à mesa, ao sabor de pratos de street-food.
Além de ceviche (leche de tigre, cebola roxa, malagueta, milho tostado e corvina ou atum dos Açores cortados em cubos ou ao estilo nikkei, de fusão com o Japão), há pratos menos conhecidos, como tacu-tacu (bolinhas de feijão fritas em migalhas de pão com salsa peruana fresca), anticucho (espetada de frango grelhado ou batata doce) e cochinito, o equivalente a uma sanduíche de cachaço de porco com salsa.
Para sobremesa, o menu sugere o suspiro limeño, uma mousse de dulce de leche, merengue crocante e raspa de lima típica do Peru, e o cuatro leches, um bolo fofo com calda de pisco, doce de leite, nata batida, molho de leite condensado e gelado de nata salgada – criação do chef Pedro Brandão, que assina a carta do Amaru. No bar com janela para a rua há cocktails com pisco, rum e mezcal, entre outros.
Peru
El Cebichero
Ceviches e outras companhias cruas
Sofás de parede, mesas transparentes, plantas de interior, alcatifa e cortinas do chão ao teto: é neste interior minimalista, herdade de um showroom de moda, que se encontra o novo El Cebichero, virado para a Praça das Flores, entre São Bento e o Príncipe Real. João Baptista, Bernardo Crespo, Kellman Sequeira e Duarte Cardeira, antigo chef de bar do El Clandestino Lisboa, apostaram neste projeto depois de comprovarem o sucesso dos seus ceviches na morada de Cascais.
A carta é proporcional ao tamanho do espaço e foca as atenções na especialidade peruana, destacando o El Clandestino (mistura de mariscos e peixe branco com coentros) e o tradicional (peixe branco, limon aji limo, cebola, batata doce e milho). Quem quiser perceber melhor a que sabe o piri piri peruano pode sempre pedir o puka mixto (uma mistura de marisco e peixe branco com creme de ajies peruanos), e quem sabe partilhar tudo com os vizinhos do lado, ao ritmo da música festiva.
Já os tiraditos – embaixadores da gastronomia nikkei que resultou da união entre a peruana e a nipónica – surgem igualmente em vários sabores, como por exemplo o de vieiras, polvo e peixe branco com creme de vieiras, kiuri milho e batata doce. O de tuna nikkei e o tártaro de salmão com azeite de sésamos e abacate crítico completam a oferta. Espaço ainda para os baos, que podem acompanhar vinho a copo ou cerveja, das 18h às 20h, além dos cocktails com o tradicional pisco.
México
El Santo
Tacos, burritos e shots de tequila
Na esteira do sucesso do Ni Michi – aberto no verão na Lx Factory com uma carta repleta de clássicos do Peru, Argentina, México ou Chile -, os irmãos Luís e Filipe Ferreira decidiram apontar a bússola apenas para o México, fundando o El Santo, no movimentado Pátio do Tijolo, no Príncipe Real. À semelhança do outro espaço, este tem uma decoração multicor, com graffitis, trepadeiras e ícones mexicanos.
É neste cenário, animado por música reggaeton, que se explora a carta com pratos típicos daquele país, o mesmo é dizer nachos com chilli, quesadillas, burritos, tacos e sobremesas como churros com dulce de leche. Os tacos chegam à mesa em três unidades, com sabores, por exemplo, de camarão com jalapeño; carne de vaca estufada, coentros e cebola; e peixe branco marinado, guacamole e pico de gallo.
Interessante ainda é olhar para a secção de pratos principais, que propõe, entre outros, bochechas de porco preto com laranja, possíveis boas alternativas aos burritos, ensaladas e ceviches já conhecidos. Para beber, há quem não hesite em pedir shots de tequila (há mais de 20 variedades no bar). Já o cheesecake de batata doce com coulis de frutos é um doce candidato a encerrar a refeição em beleza.
La Suzy by Chakall
Natal com sabor a empanada
Empanadas argentinas e com recheios inspirados também noutros países é o que se pode comprar – e provar – na foodtruck da La Suzy estacionada no mercado de Natal do El Corte Inglés de Lisboa (no centro comercial homónimo, em Gaia, está aberto de forma permanente). Este espaço, que homenageia a mãe do chef Chakall, Suzy, tem uma gama de empanadas argentinas, como as clássicas de carne e as com recheio de fiambre e queijo, além de outros 10 sabores. A La Suzy vende também alfajores, dulce de leche (doces tradicionais) e chimichurri (molho para empanadas e carne), assim como vinhos argentinos e nacionais.
Longitude : -8.2245
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