Há peixe, carne e legumes à mesa da nova Lota da Esquina, em Cascais

Lota da Esquina (Fotografia: DR)
A recém-aberta Lota da Esquina, na baía cascalense, é o maior e mais desafiante projeto do chef Vítor Sobral. Ao peixe e marisco junta carnes grelhadas, dois bares (um deles para dançar) e uma esplanada com espumante e petiscos.

Vítor Sobral transferiu a Peixaria da Esquina de Campo de Ourique para a baía de Cascais, juntou-lhe dois bares, um restaurante de carnes e legumes grelhados, uma esplanada e assim nasceu a Lota da Esquina, no edifício da Docapesca cascalense.Com 400 lugares distribuídos por mais de dois mil metros quadrados, este é o maior projeto do chef até à data. “O desafio foi tornar a lota um espaço mais funcional, criando uma restauração de qualidade no centro de Cascais”, conta à “Evasões”.

“A premissa de promover a vila de Cascais e, sobretudo, os seus pescadores foi a principal motivação que me levou a aceitar [o desafio] e abrir a Lota da Esquina. De outra forma era mais difícil lançar-me num projeto desta dimensão”, explica o chef. A sala maior, no piso térreo (em breve com entrada principal pelo Largo Cidade da Vitória), corresponde à água, um dos quatro elementos refletidos concetualmente nos vários espaços. Tem azulejos, redes de pesca suspensas e nichos acolhedores.

É nela que se prova o menu Água, de peixe e marisco, que teve como ponto de partida a carta da Peixaria da Esquina. A rede de fornecedores, aliás, é a mesma. “Também me abasteço aqui em Cascais, mas compro peixe na lota de Sesimbra – no caso do espadarte e de algum atum -, Peniche, Setúbal e Tavira. O polvo e as lulas compro muito aos pescadores locais. Sou cozinheiro há 36 anos e nunca tinha apanhado lulas tão doces e divinais como as que apanhei aqui”, elogia Vítor Sobral.

A carta varia consoante o pescado disponível, e por isso inclui sempre propostas de peixe marinado (em citrinos, mirtilos, tomate assado e amêndoa, por exemplo) ou em ceviche. Já com o peixe escolhido, os clientes podem pedir para que seja frito, cozido ou grelhado no carvão. Confecionar em moqueca, arroz, massada ou caril também são opções. Para entreter o estômago nos entretantos há camarão panado, casco de sapateira e lulas grelhadas com vinagrete de cogumelos, a par de outros.

O menu Água também tem carne, mas a partir de dezembro valerá a pena subir ao restaurante Terra, no primeiro piso da Lota da Esquina, para vivera experiência de forma completa. Vítor Sobral trabalhará com vitela, cabrito, borrego, porco e aves de qualidade e legumes biológicos sobre o lume do carvão, aproveitando cada produto o mais possível. “Eu e a minha equipa pretendemos que o cliente perceba cada vez mais a alta qualidade da proteína e de todos os ingredientes que estão no prato”.

Este trabalho seguirá a filosofia do Talho da Esquina, onde todas as partes, inclusive as miudezas dos animais, têm lugar à mesa: tutano, língua de vaca, molejas, fígado de porco e rins de borrego. Lombo de porco, pernas de borrego e carne maturada também farão parte deste menu, assim como queijos de diferentes origens. Alguns dos vinhos propostos para as harmonizações serão também biológicos, adianta o chef, que promete abastecer a sua cozinha diretamente com os produtores.

Na Lota da Esquina cabem ainda dois bares: o Ar, no piso térreo, para experimentar um cocktail enquanto se aguarda pela mesa; e o Terra, a funcionar de terça-feira a domingo no piso superior. Este espaço foi decorado com uma instalação de Gonçalo Ghira no sentido de refletir a “mistura de nacionalidades que convivem em Cascais”, tem bebidas de todo o mundo e permite dançar ao som de um DJ. Já na esplanada exterior serve-se champanhe, espumante, ostras e petiscos do mar para partilhar.

 

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.




Outros Artigos





Outros Conteúdos GMG





Send this to friend