No Último Porto, em Lisboa, as sardinhas grelhadas são a estrela do verão

As sardinhas grelhadas são rainhas do verão no restaurante Último Porto, em Lisboa. (Fotografia de Gerardo Santos)
Desde 1996 que esta casa em cima do rio Tejo é uma referência em matéria de peixe grelhado. O Último Porto reabriu segunda-feira, dia 26 de agosto, após um período de férias, com as sardinhas no ponto.

O trajeto de carro, ainda por entre as obras de expansão do Porto de Lisboa no Cais da Rocha Conde de Óbidos, faz jus ao nome do Último Porto. O restaurante foi fundado por Mário Barata em 1954, no primeiro piso da gare projetada pelo arquiteto modernista Porfírio Pardal Monteiro, nos anos 40 do século XX, e é gerido há 28 anos pelo filho Pedro, de 56. “Foi a minha irmã que batizou o restaurante. Após umas grandes obras passámos para baixo, com aquela esplanada fechada, e fomos crescendo”, para o total de 160 lugares ao lado dos contentores.

Graças ao estacionamento fácil e à ponte móvel que liga Santos ao cais, a esplanada protegida por guardassóis e com toalhas de papel sobre as mesas começa a compor-se ao meio-dia, já a assadora Maria do Céu está de volta das três grelhas de peixe. Enquanto esteve na cozinha a preparar os legumes e as batatas, Pedro tratou de preparar bem o carvão cubano, “que aquece de forma mais consistente e duradoura, sem queimar o peixe”. Os pedidos começam a chegar num ápice, sobretudo de sardinhas. “Agora e em setembro é quando elas estão boas”, afiança.

“As sardinhas têm de levar muito sal marinho, para não pegarem e para ficarem saborosas. Até há pessoas que pedem para pôr sal na guelra”, conta a mulher oriunda de Ponte da Barca, sem disfarçar o sotaque. Enquanto lhes lança um olho, deitadas sobre as brasas, diz que aprendeu a grelhar peixe “a ver fazer” e foi aperfeiçoando a técnica. Trabalha há 25 anos no Último Porto, dez dos quais dedicados à sensível arte da grelha. A dose, com seis sardinhas, chega à mesa numa travessa de alumínio com batatas a murro e salada de alface, tomate, cebola e pimentos.

De sabor apurado e populares na procura, à ordem dos 30 a 40 quilos consumidor por dia, as sardinhas dividem o protagonismo com as postas de bacalhau graúdo da Noruega demolhadas na casa, um prato que sai muito bem no verão, e com a corvina, carapau e peixe-espada preto que Pedro compra no Mercado da Ribeira. De entrada, a sugestão são os chocos trinchados. E também há carne para vários gostos, mas são o mar e as sardinhas que chegam a bom porto.

Partilhar
Partilhar
Mapa da ficha ténica
Morada
Rua General Gomes Araújo, 1 (Estação Marítima do Cais Rocha Conde de Óbidos), Lisboa
Telefone
213 979 498
Horário
Das 12h às 16h. Encerra domingo.
Custo
(€€) Dose de sardinhas com acompanhamento, 14 euros. Preço médio: 20 euros.


GPS
Latitude : 38.70128589999999
Longitude : -9.162645800000064




Outros Artigos





Outros Conteúdos GMG





Send this to friend