O tacho vai para a mesa neste restaurante focado nos sabores das Beiras, que abriu no início do ano na Baixa de Coimbra. Assente em produtos nacionais, na maioria, da região Centro, da Figueira da Foz à Serra da Estrela, é um espaço de cozinha portuguesa «tradicional e chique», como se lê na ementa, que pode incluir pratos como chanfana e canja de galinha.
Na base das propostas estão, sobretudo, o arroz do Mondego e a Carne Marinhoa DOP, explica o chef Vítor de Oliveira. Foi ele quem concebeu a ementa que convida a recuar no tempo e acompanha a mudança das estações. Se no inverno investe em pratos como arroz de cabidela, no verão a ideia é ter mais peixe da costa, que não vai para a grelha mas sim para o tacho, com arroz.
Por estes dias, são servidos presunto de vaca fumado com azeite e manjericão, vazia de Marinhoa com batata a murro e legumes, bacalhau da Islândia confitado com citrinos e pimentas ou sopa antiga (com vários legumes, batata, toucinho, feijão vermelho e hortelã). A primeira pessoa que se sentou ali para comer era vegetariana, mas não ficou sem opção: preparou-se um arroz de cogumelos na hora.
Bruno Carvalheira e Natércia Salgado são os proprietários do espaço, que tem apontamentos de xisto nas paredes e parte de uma pipa a pender do teto. A propósito, cerca de 90 por cento dos vinhos são do Dão e da Bairrada. O gin é Amicis, feito também na zona Centro. E a carta é adoçada com pudim de nozes com azeite ou, claro, arroz doce da avó.
Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.
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