No Príncipe Real, o panorâmico Lost In celebra 15 anos com novo chef e carta

(Fotografia: DR)
O restaurante e bar, com vistas panorâmicas sobre a cidade, assinala uma década e meia de portas abertas com novos pratos, pelas mãos de Guilherme Cruz. À mesa, alia-se a cozinha mediterrânica a uma inspiração asiática.

Os anos vão passando, a cidade vai mudando, o próprio bairro do Príncipe Real também, mas a vista panorâmica do Lost In, com toda a sua plenitude, é a mesma de sempre. E ainda bem. Tanto da esplanada – com aquecedores e mantas para receber a época fria – como da sala interior que serve de terraço – com janelas envidraçadas que são removidas quando o tempo fica mais quente -, observam-se alguns dos inquilinos históricos alfacinhas, como o Jardim do Torel, a Igreja e Convento da Graça ou o Miradouro de Nossa Senhora do Monte.

O restaurante e bar, apto para servir o dia inteiro, ao almoço e ao jantar mas também entre as refeições, celebra o aniversário redondo este ano, cumprindo 15 anos de portas abertas. Se isso não fosse razão suficiente para (re)visitar esta casa do Príncipe Real, há mais duas que se juntam ao barulho: um novo chef, Guilherme Cruz, e uma carta renovada, quase a 100%, que entrou em vigor em novembro. Da carta antiga, mantêm-se apenas as guiozas vegetarianas, que chegam à mesa com um chutney de tomate e manga.

De resto, a cozinha mediterrânica mantém-se como a espinha dorsal do Lost In, mas há espaço para ir beber inspiração às cozinhas asiáticas, como sempre aconteceu no restaurante gerido pelo casal Rita Leitão e António Bastos, que há década e meia deixaram as áreas da gestão de produto e da organização de eventos para abrir este espaço, inspirados nas viagens pelo oriente – Índia, Indonésia e Tailândia são alguns dos exemplos.

Os croquetes de pernil e de camarão e berbigão. (Fotografias: DR)

Entre as novidades são os pani puri indianos recheados com tártaro de atum e marinada coreana à base de kimchi (9,50€); e os croquetes surf & turf (11€) com dois recheios diferentes, um de camarão e berbigão e outro de pernil fresco e fumado. O ceviche de corvina, com leite de tigre, batata-doce e coentros (14,50€) é outro prato novo. Numa lógica de aproveitamento total do produto, o mesmo peixe é aposta noutras duas opções da carta, o caldo aromático de wontons recheados com corvina e camarão, bem pontuado com cebolete, manjericão e coentros (10,50€), numa homenagem do chef à sopa vietnamita pho; e o lombo de corvina a baixa temperatura com puré de aipo, caldo dashi, pérolas de arroz, alga nori e cebolinho (25,50€).

O tataki de atum braseado com beringela fumada, couve pak choi, molho miso e mostarda (23€); o caril de camarão (19€); e o bacalhau à Brás da casa (19€) são outras das novidades, tal como a homenagem à katsu sando e à street food nipónica – aqui uma katsu de pernil, com pão de forma brioche torrado, panado de pernil, coleslaw, picles e maionese de alho (11,50€). Vale a pena provar ainda o arroz de forno de borrego, com carré do mesmo, molho massala caseiro, iogurte natural, amêndoas e coentros (26,50€), um dos trunfos da nova carta, sinónimo da cozinha de conforto que os dias frios de pedem.

O arroz de forno de borrego e carré do mesmo.

Tornedó de novilho, caril vegetariano, nasi goreng vegetariano e frango massala são outros exemplos de uma carta que vai encurtando a ponte entre a cozinha mediterrânica e a oriental. Uma “cozinha simples mas com muito sabor”, explica Guilherme Cruz. Dos seus 43 anos, metade têm sido dedicados à gastronomia. É alfacinha de gema e é na capital que tem feito boa parte do seu percurso, nomeadamente por casas como o Nood (onde teve um primeiro contacto com a cozinha asiática, com um chef vietnamita, no Chiado), o Wasabi Sushi Bar (em Campo de Ourique, entretanto extinto) e os espaços do chef Kiko Martins, como O Talho, Asiático, Boteco, Cevicheria e Las Dos Manos.

O “extremo de sabores” e “a componente aromática” são os elementos da cozinha oriental que mais fascinam o chef do Lost In. “E gosto da combinação doce/salgado que colocam em todos os pratos”, adianta Guilherme. Para as sobremesas, criou novas opções: mousse de chocolate, pudim de leite condensado com telha de lima e cardamomo, mil folhas de maçã com gelado de baunilha ou o parfait de iogurte com calda de maracujá, manga e malagueta, acompanhada de um sorbet de maracujá.

A garrafeira, que mudou há cerca de três anos para albergar apenas referências de pequenos produtores, soma trinta dezenas de rótulos nacionais, mas o bar também faz uma aposta forte na mixologia. Nos cocktails de autor, a novidade recai sobre o Red Velvet (11€), que junta gin, morango, clara de ovo e Peta Zetas.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.



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