No Poço das Fontainhas, em Setúbal, há peixe à pescador em frente ao rio Sado

O peixe à pescador é um dos mais mais antigos da carta do Poço das Fontainhas. (Fotografia de Carlos Pimentel/GI)
O restaurante Poço das Fontainhas, em Setúbal, presta homenagem diária ao passado piscatório do bairro, com peixe grelhado e pratos de conforto acompanhados de bons vinhos.

Defronte para o rio Sado e para o pôr-do-sol na Serra da Arrábida, o bairro das Fontainhas sempre deu largura de horizontes aos homens do mar que nele viviam e às varinas que deles dependiam. Da época da indústria conserveira mantiveram-se algumas chaminés de tijolo, assim como a fábrica onde se instalou o Museu do Trabalho Michel Giacometti, e a fonte do poço das Fontainhas, de estilo neobarroco, onde os pescadores lavavam os apetrechos e as varinas enchiam bilhas com água.

Teresa era escriturária num escritório de contencioso quando decidiu entrar na área da restauração, com o marido, Vítor, em 1993. Pioneiro em vários aspetos – conta o filho, Nuno, que gere o vizinho Taberna Grande – o Poço das Fontainhas terá sido uma das primeiras casas a expôr o pescado numa vitrine, tal e qual como num mercado. A massada de garoupa, inovação na altura, e o peixe à pescador foram os dois pratos que rapidamente notabilizaram o espaço um pouco por toda a cidade.

“A receita que fazemos do peixe à pescador foi-nos dada por um pescador daqui do bairro. Normalmente fazemos com peixes rijos, como a raia, a garoupa ou o cantaril. O peixe é cozido numa água temperada com azeite, tomate, alho, cebola, louro, sal e pimenta, que lhe dá o sabor; e temperado com vinagre, azeite, cebola e servido com batata”, conta Teresa Campos. Este prato mantém-se entre os mais pedidos pelos clientes. Outros, de tão fiéis, chegam e “já nem para a ementa olham”, diz.

Na sala interior, decorada com inspiração na faina, ou na esplanada coberta, pode provar-se ainda propostas como puntilhitas (lulas pequenas) fritas com maionese choco frito, salada de polvo, tentáculos de polvo panados e açorda de camarão em dose individual, assim como cataplanas e caldeirada. Seja de captura local ou da banca do Mercado do Livramento, costuma haver carapau, salmonete, garoupa, linguado e peixe-espada, bons para grelhar e alguns para fritar. O freguês decide.

(Fotografia de Carlos Pimentel/GI)

 

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