No Maria Morcona, petisca-se à moda do Porto com influências do mundo

Maria Morcona, Porto. (Fotografia de Artur Machado/GI)
Os petiscos do Maria Morcona remetem para o imaginário portuense, apresentando sabores de conforto e piscando o olho a outras culinárias. Para comer ao fim da tarde ou à noite, na “sala de estar” ou na esplanada.

Quem olhar para o menu do Maria Morcona, espaço aberto desde inícios de setembro na zona de Cedofeita, poderá reconhecer algumas das designações dos petiscos que lá se encontram. Se achar a ementa familiar é porque frequentou o Copos & Cusquices, um gastrobar que funcionou durante alguns anos na Rua do Almada. Vai deparar-se, assim, com nomes familiares, como a tralheira ou o folhado de queijo.

Isto porque quem está à frente deste novo espaço é Alexandra Portugal Enes, que fechou o seu Copos & Cusquices durante a pandemia e esteve durante algum tempo sem pensar em voltar a ter um restaurante. “Vendemos o espaço em outubro de 2020. Depois, estava fechada em casa e andava mais preocupada em arranjar um emprego”, conta.

Acabou por trabalhar em restauração coletiva e, entretanto, conheceu Dina Reis, com quem se juntou e se aventurou neste Maria Morcona. Entre uma decoração clássica que remete para a casa dos avós, com alguns quadros encontrados em lojas vintage e relógios de parede antigos, e uma esplanada acolhedora e colorida, chegam às mesas petiscos para partilhar.

O receituário dos petiscos é o foco do Maria Morcona. (Fotografias: Artur Machado/GI)

O espaço fica situado na Rua dos Bragas.

Além dos que migraram do Copos, há os novos, que refletem também o apoio que tiveram de uma cozinheira natural da África do Sul, que há vários anos trabalha em Inglaterra. Entre as suas propostas contam-se os mexilhões à estranja, que na verdade são à francesa, com molho de cebola, alho e vinho branco, rematado com manteiga e natas. O prego é também receita dela. Faz-se com molho bem picante, sul-africano, e com um ovo escalfado no próprio molho. Outra novidade são as costelinhas da Sofia, sugestão de outra amiga: costelinhas cozinhadas em lume brando durante três ou quatro horas em molho de soja e gengibre.

Das mãos de Dina saíram duas das sugestões. Das pataniscas de feijão verde conta que “a receita era da minha avó, passou para a minha mãe e agora faço eu”. Também ideia dela é a sobremesa bombocona, uma espécie de bomboca desconstruída.

Alexandra Enes e Dina Reis, as proprietárias do restaurante.

Todas as semanas haverá disponíveis dois ou três petiscos que não estão na carta e, em breve, serão incluídos quatro pratos de comida de conforto: posta à mirandesa, bacalhau com broa, arroz de costelinhas e uma massa de beterraba, vegetariana. Também será incluída uma mini-francesinha – a mariazinha – a condizer com o espaço.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.




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