No jantar sensorial do Sana o desafio é comer num aquário

Pela terceira vez, a equipa do chef Luís Mourão, no Epic SANA Algarve, Albufeira, organiza uma refeição que dificilmente sairá da memória. O restaurante Al Quimia transforma-se a 3 de novembro num palco de encenação, onde a história é contada através da gastronomia.

«Para entrar, o nome da filha de Atlas vão ter de pronunciar», diz, em voz alta, um homem de vestes brancas à porta do restaurante Al Quimia. O grupo de jornalistas e convidados puxa pela memória – e do telemóvel – para descobrir a resposta à primeira pergunta que dá entrada no jantar, organizado pelo hotel Epic Sana Algarve com a equipa do chef Luís Mourão. Trata-se da apresentação para a imprensa daquela que será a terceira incursão do SANA pelos jantares sensoriais, mas as portas voltarão a abrir no dia 3 de novembro, para uma nova sessão com o público em geral.

À porta do Al Quimia, alguns jornalistas vão recordando a primeira experiência do hotel, em 2015, que envolveu olhos vendados, sobremesas em queda, mas também um segundo jantar, no ano passado, sobre os sete pecados mortais. E porque há que manter algum mistério para quem se inscrever na terceira edição, este texto deixa apenas a pista de que «o nome da filha de Atlas» é também a resposta para a lenda que inspirou este jantar.

A entrada no jantar sensorial

Alguém dá a resposta correta e as portas do Al Quimia abrem-se para mostrar exatamente «a filha de Atlas», uma figurante com roupas brancas, deitada sob colunas gregas no hall do restaurante, e rodeada pelos primeiros amuse bouche desta refeição: pequenas bolas fritas com diferentes recheios. Minutos mais tarde será tempo de entrar na sala principal, marcando assim o início do segundo capítulo.

A equipa, vestida com roupas brancas (numa alusão à Grécia), pede aos convidados para se sentarem nas mesas de tampo escuro, cobertas por grossas cordas e presas por cadeados. À mesa estão ouriços-do-mar com ovo e caviar, bem como outros símbolos que vão acompanhar toda a jornada gastronómica.

O capítulo seguinte dá pelo nome de Descoberta e há ordem geral para se usar a pequena chave, atribuída com o convite do jantar, e tentar a sorte em cada um dos cadeados. Retiram-se as cordas e é pedido ao grupo, de seguida, que coloque nos olhos as vendas pretas distribuídas. Um momento que será a viragem de todo o jantar e provavelmente um dos mais memoráveis. Quando se retiram as vendas, os convidados vão estar perante vários aquários quadrados e abertos, com peixes de água doce, onde vai acontecer toda a refeição.

Sim, o convite passa mesmo por comer – e beber – no aquário, que horas antes foi verificado por um biólogo marinho, para garantir que o PH da água e a temperatura eram adequadas aos animais.

Guerra, tempestade e música

Intitulado Guerra, um dos próximos capítulos vai envolver fogo no centro do aquário, uma espetada em forma de cruz e o «Dogs of War» dos Pink Floyd a tocar alto. Aliás, a música e o som são constantes ao longo de todo o jantar para ajudar a contar a história, inclusive quando cai uma «tempestade».

A vieira, escondida no fundo do aquário, vai ser incorporada num risotto de ervilhas e é uma das últimas surpresas, antes da passagem à sobremesa, onde uma máscara dourada é afinal chocolate. «A viagem termina com este prato, que é o nono capítulo da história que criámos e que equivale a nove momentos distintos no jantar», explica o chef Luís Mourão, no final, sobre a experiência que levou três meses a organizar. E remata: «Desta vez começámos pela história e construímos os capítulos a partir de uma teoria de Platão. Tem a ver com a nossa proximidade do mar e com os produtos do Algarve, que estão mesmo à nossa mão. O desafio foi juntar os mitos à parte gastronómica». Para os descobrir é embarcar no jantar, a 3 de novembro.

Jantar sensorial Al Quimia
Reservas: [email protected] ou 289104301
Preço: 150 euros por pessoa (jantar). Quartos duplos a partir de 136 euros por pessoa (pequeno-almoço incluído)
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