N’O Filho da Mãe, em Braga, viaja-se pelos sabores da América Latina

O tártaro de novilho é um dos pratos mais populares d'O Filho da Mãe. (Fotografia: Gonçalo Delgado/GI)
Os sabores da América do Sul dão o mote a um restaurante desenhado ao pormenor por um arquiteto que se apaixonou pela restauração. Da cozinha, liderada pela chef Juliana Junqueira, brota criatividade e respeito pelo produto.

Tacos mexicanos, empanadas argentinas e ceviche peruano convivem na nova carta de inverno com um tártaro de robalo que junta ingredientes tão distantes quanto a tapioca e a pêra rocha, numa fusão luso-brasileira. Naturalmente, não fossem as autoras duas chefs que também atravessaram o Atlântico, o Brasil assume ainda destaque em pratos como as croquetas de carne seca com queijo coalho e chutney de goiaba, e o entrecôte de novilho com arroz de pinhões, farofa e chimichurri.

Juliana Junqueira, Eurico Mota e Cristina Mota (Fotografia: Gonçalo Delgado/GI)

 

A cozinha d’O Filho da Mãe é feita destes casamentos de sabores que vão buscar inspiração à cultura gastronómica da América do Sul, cruzando-a com a de outros países latinos, com a missão de “virar a cozinha tradicional do avesso”, proporcionando uma experiência desafiante à mesa. Para o efeito, a chef Juliana Junqueira e a subchef Cristina Mota mostram como ingredientes locais e de outras paragens podem fundir-se numa belíssima proposta gastronómica, com criatividade e respeito pelo produto, trabalhado ali de raiz.

A inspiração sul americana chega também à carta de bebidas, em cocktails como o pisco sour, ou o Guarapita, feito com rum Diplomático, que se juntam a uma garrafeira cuidada de vinhos nacionais

 

“Experimentar e desafiar” é o lema de Eurico Silva na gestão do restaurante. Autointitula-se “um filho da mãe” e acabou por utilizar a expressão para batizar o espaço (o nome é também uma homenagem que o proprietário quis fazer à mãe).

Vindo do mundo das artes e da arquitetura, onde trabalhou durante 20 anos, foi em viagens de trabalho que começou a interessar-se pela cozinha do Mundo, nomeadamente a da América do Sul. Mas só mais tarde foi beber a essas memórias para criar O Filho da Mãe. A intenção foi abrir um restaurante onde encontrasse as experiências gastronómicas que procurava noutras cidades, como o Porto, uma cozinha criativa e de fusão, num espaço elegante e convidativo, que Eurico desenhou ao pormenor.

O Filho da Mãe (Fotografia: Gonçalo Delgado/GI)

 

A nova carta também trouxe um reforço dos pratos vegetarianos e veganos, como os raviolis de cacau, com queijo azul, pêra rocha e pinhões. Mas a cada série de meses surgem propostas diferentes, igualmente criativas e desafiantes, e por isso há sempre novas (e boas) razões para regressar a esta mesa, no coração da cidade.

Acabar em alta
É sensato guardar apetite para o brownie de chocolate negro, um favorito que já tem lugar permanente na carta. É denso e servido com uma cobertura de caramelo salgado e nozes pecan.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.




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