No Craveiral de Alexandre Silva, tudo o que vai ao fogo é biológico e regional

Quase tudo que é servido no Craveiral FarmTable é confecionado no fogo. (Fotografia: DR)
No Craveiral FarmTable, o chef Alexandre Silva utiliza os hortícolas ali produzidos, vai comprar o peixe a Sines e usa o fogo para cozinhar (quase) tudo.

É uma cozinha sazonal, biológica e de brasas a que o chef Alexandre Silva, dos restaurantes FOGO e LOCO, apresenta no restaurante do Craveiral Farmhouse. Neste hotel rural no sudoeste alentejano procura-se centralizar a produção das matérias-primas necessárias à cozinha, cumprindo a máxima do “quilómetro zero” amigo do ambiente. Os ovos são das próprias galinhas, os hortícolas são colhidos pelo chef (que conta agora com uma nova estufa) e até a matéria-orgânica que resulta do restaurante é compostada no local.

O que o hotel não consegue produzir é obtido na região: peixe da lota de Sines (na carta há escabeche de sarrajão e funcho, polvo grelhado e filete de peixe do dia), queijo de cabra, porco preto, carne de vaca, batata, tomate. Já o serviço de pão, composto por pão de massa-mãe, azeitonas, maionese de coentros e hortícolas fermentados, é todo caseiro. Na vasta coleção de entradas há, por exemplo, croquetes de porco preto, pastel de massa tenra de enchidos e alface grelhada com paprika e gema.

Na cozinha ao ar livre – entretanto adaptada para funcionar durante todo o ano -, Alexandre Silva e a equipa trabalham com dois fornos a lenha e uma grelha estilo robata japonesa. Deles resultam pratos de conforto e marcados pelo sabor fumado. Além dos sabores do mar, a ementa sugere cachaço de porco preto com açorda e plumas acompanhadas com arroz de forno a lenha, a que não faltam também acompanhamentos como salada verde da horta.

A experiência pede que cada cliente se deixe ir no embalo do chef, acompanhado de bons vinhos ou, para quem gosta, da cerveja que também já é feita no Craveiral FarmTable. Outra forma de aquecer é ficar perto da nova lareira da esplanada exterior, trocando dois dedos de conversa com o dono do hotel, Pedro Franca Pinto, advogado que vê agora concretizado o sonho de ser agricultor.


Dormir no hotel
O Craveiral Farmhouse estende-se ao longo de nove hectares, com 38 casas de diferentes tipologias (entre estúdio e T2), rodeadas de pinheiros, burros e cavalos. Tem também três piscinas (uma delas interior), ginásio e bicicletas gratuitas.

(Fotografia de Paulo Spranger/GI)


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