No Casa das Velhas, junto ao rio, em Cerveira, também se come com os olhos

(Fotografia: Rui Manuel Fonseca/Global Imagens)
Junto ao rio Minho, a família Ferreira acolhe os comensais num restaurante de comida tradicional com um rodopio de frescura, graças à paixão dos filhos pela cozinha.

A paisagem sobre o rio Minho, as ilhas da Boega e dos Amores, e os vinhedos de O Rosal, na margem espanhola, entram pelos olhos dentro de quem chega ao restaurante Casa das Velhas, em Vila Nova de Cerveira. A vista só por si já regala, mas o passo seguinte à mesa faz o pleno. Os anfitriões são a família Ferreira: João na cozinha, a mulher Rosemary e os filhos Francisco e Júnior na sala e esplanadas.

Francisco (de alcunha Kiko), estudante na Escola de Hotelaria e Turismo de Viana do Castelo, faz a diferença na decoração dos pratos. Apaixonado por cozinha molecular, atento aos detalhes, confere, com as suas ervas de eleição, um toque de modernidade à comida tradicional. E é muito graças a ele que se pode afirmar que ali os olhos também comem… muito.

Os bacalhaus são o forte da casa. Há um chamado À Mineirinhas, gratinado com maionese, com broa; e outro chamado Bacalhau das Velhas, inspirado em receita antiga. Vai para a mesa em postas altas, confecionadas no forno com cebola, tomate e pimento, acompanhado com batata, grelos e fatias de broa frita. O cabrito assado no forno também está no topo dos mais procurados na Casa das Velhas, assim como o costeletão, o naco de boi, os secretos e a posta de barrosã. Agora também se pode contar com carnes maturadas.

As entradas e sobremesas, decoradas a preceito pelo aprendiz de cozinheiro Francisco, são apelativas. Para começar, a carta inclui zamburinhas (vieiras pequenas), burrata, carpaccio de salmão e folhados com queijo de cabra, mel e nozes. E, para rematar, conta-se com a Delícia das Velhas (taça da casa com compota de laranja das laranjeiras da quinta, natas, queijo creme e bolacha), petit gâteau, bolo de especiarias e rabanada de vinho tinto.

Espaço interior do restaurante. (Fotografia: Rui Manuel Fonseca/Global Imagens)

A casa tem uma sala com lareira e duas esplanadas em socalco, que funcionam o ano todo, onde se acomodam 170 pessoas. Havendo sol, enchem sempre essas mesas ao ar livre, com vista panorâmica sobre o rio Minho e as vinhas, assinala João.

Rabanada
Um dos ícones da carta da casa é a rabanada de vinho tinto (conhecida também por ‘borrachona’ e ‘rabanada bêbada’). Irresistível, mesmo para quem não aprecia.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.




Outros Artigos





Outros Conteúdos GMG





Send this to friend