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No Café Santiago também se come com os olhos ao balcão

Francesinhas ao balcão no Café Santiago (Fotografia de Rui Oliveira/GI)

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Quem entrar no Café Santiago pela porta secundária – na Rua Santo Ildefonso -, é recebido pelo painel de ladrilhos de Martha Cunha Telles, ali desde 1959, mesmo ano da fundação da casa, e por um balcão, atrás do qual se fazem as francesinhas. Foi em 1978 que a família Pereira começou a explorar a tabacaria que existia no Santiago, nessa época apenas um café. No início dos anos 1990, conta Rui Pereira, os donos trespassaram a casa aos seus pais.

Apesar da francesinha ser já servida antes, foram então os pais de Rui, Fernando e Isabel, que modificaram o snack portuense para se tornar no que é hoje e dá a fama à casa. Melhoraram os critérios do produto e a qualidade do molho, que é receita da mãe, e que leva a “essência”, a mistura de bebidas generosas que lhe dá a sua particularidade.

É atrás do balcão que se preparam as francesinhas. Um balcão que foi mantido “por uma questão de tradição”, diz Rui. Serve, por um lado, para colocar os pratos destinados às salas. “Reduzimos o espaço para sentar, mas mantivermos sempre alguns lugares de balcão, aqui são nove e nos outros dois espaços – o Santiago da Praça e Santiago F – são oito.”

“Temos alguns clientes que querem sempre comer ao balcão. Já estão habituados ao ambiente e gostam conversar com as pessoas e ver o processo”, conta. “A francesinha antes era apenas um snack, não se comia como refeição. Mas nós ainda mantemos a cozinha à vista” que remete para ambiente de snack-bar. Por isso, quem se senta ao balcão pode ver e fotografar todo o processo de produção.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.