No Al-Buhera, em Pombal, há menus em conta com sabores algarvios

O bife de atum à portuguesa é uma das especialidades do Al-Buhera. (Fotografia de Nuno Brites/GI).
A região algarvia inspira grande parte dos pratos que Rita Marcos cozinha, mas é ela a inspiração dos filhos, que ajudam neste negócio familiar. O Al-Buhera tornou-se uma referência no takeaway durante a pandemia.

A esplanada de madeira ficaria bem numa qualquer praia do Algarve, assim como o nome do restaurante. Mas o Al- -Buhera mora num pavilhão da Zona Industrial da Formiga, em Pombal, às portas da cidade, e tem o condão de fazer esquecer a rigidez dos horários, o cinzentismo das ruas. O cheiro dos grelhados mistura-se com outros, como o da fábrica de bolachas que dista poucos passos dali. Cá fora, uma ementa diária anuncia sempre quatro pratos, numa diversidade pensada. Há sempre peixe e carne, na maioria das vezes um prato de tacho. É o único restaurante ao alcance dos operários, aquele que “sempre vendeu comida para fora”, mas a quem a pandemia fez reinventar. Nos dias do confinamento, o mais difícil foi “não poder vender bebidas”, explica Rita Marcos, que se habituou a ver os clientes sentados nos muros do lado de lá da estrada a saborear a comida que dantes servia no interior.

Quando chegou a Pombal, em 2001, Rita trazia na bagagem a experiência que começou a acumular desde muito nova. Não tem memória de si sem ser de volta do fogão, no Algarve onde cresceu e criou o seu primeiro negócio. E trazia também dois dos três filhos, que com ela têm feito uma equipa na restauração. Foi assim que se aventurou num espaço de grandes dimensões. “Nunca gostei de casas pequenas”, conta, agora que já despachou todos os bifes à portuguesa e doses de grelhados e bifes de atum à algarvia da ementa do dia.

O restaurante sempre teve uma clientela diversificada, muito para além do meio operário. Mas desde março de 2020, por ter sido um dos pioneiros no takeaway, ganhou novos clientes. Passou do modelo que o acompanhou em boa parte dos seus 13 anos de existência para o atual. “Antigamente trabalhava com diárias ao almoço, e à noite e ao fim de semana era à carta”, recorda Rita, que agora mantém a ementa diária também à noite e ao sábado, reservando o domingo para descanso do pessoal.

Torta de laranja com alfarroba. (Fotografia de Nuno Brites/GI).

A ementa muda todos os dias, e não raras vezes acaba por aceder aos pedidos para fazer este ou aquele prato. Porque “há muitos clientes que já se tornaram amigos”, e num dia qualquer um deles tem saudades de um arroz de pato à antiga ou de uma feijoada. Além disso, há sempre a gastronomia típica do Algarve que a inspira, e que vai ganhando seguidores. Para lá das sopas e dos pratos principais, há as sobremesas que lhe recordam os dias de menina em Albufeira, como a torta de laranja e alfarroba.

 

LEGUMES FRESCOS
É o que acompanha a maioria dos pratos, como é o caso das migas de couve, dos grelos e brócolos. Há ainda saladas multicolores, com couve-roxa, tomate, pepino e alface.

 

O ESSENCIAL
Menu do Dia
Diária…8,50 euros. Inclui pão, azeitonas, prato principal, uma bebida e café.
Especialidades: grelhados, bife de atum, frango do campo à algarvia, bacalhau à casa.
Sobremesas: torta de laranja e alfarroba, mousse de oreo, molotof.

 

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