Neste restaurante de Lisboa o bacalhau domina o cardápio

Bacalhau confitado a baixa temperatura com puré de cítricos, no restaurante A Casa do Bacalhau, em Lisboa. (Reinaldo Rodrigues/Global Imagens)
Receituário bem vivo em torno do bacalhau, numa oferta contemporânea e cosmopolita, era o postulado do empresário João Bandeira quando em 2011 arregaçou mangas para tomar conta deste espaço emblemático de Xabregas, A Casa do Bacalhau.

Este restaurante existe desde 2000 e em 2011 o empresário João Bandeira, também proprietário do Via Graça, decidiu comprá-lo e dedicar-se mais ao bacalhau, ao encontrar um défice de oferta em Lisboa no tocante ao fiel amigo. Viu oportunidade na atividade turística, ao mesmo tempo que lhe pareceu que podia oferecer mais aos lisboetas. Rapidamente começou a dar nas vistas e a atrair novos públicos.

Para a cozinha trouxe o chef Hugo Diniz, subchefe do Via Graça dez anos consecutivos. João Bandeira vigia, governa e intervém no desempenho culinário nas suas duas casas, concentrou-se com afinco em tornar a Casa do Bacalhau em todas as frentes e conseguiu. Existe autoria em todo o cardápio e há sobretudo uma forte sintonia com os clientes, tanto de sempre – que são muitos – como os novos.

A prerrogativa de que o bacalhau é identitário para os portugueses é relativamente simples e é um chavão desde sempre. Mas elevar a diversidade e qualidade a este ponto é objetivo para muito poucos, e foi nessa zona que João Bandeira se posicionou com bravura. Fez uma remodelação grande do espaço, tornando-o sofisticado e ao mesmo tempo funcional.

(Reinaldo Rodrigues/Global Imagens)

Perguntamos-lhe quais os pratos-estrela de bacalhau e a resposta é pronta. As pataniscas, que com um sorriso considera as melhores de Lisboa, encabeçam a lista. Depois, divide os louros por dois grupos, tradicionais e contemporâneos. No primeiro são campeões a feijoada de sames – ou samos -, o bacalhau com broa e o bacalhau à Zé do Pipo. No segundo, dois pratos exclusivos da casa, de grande talante criativo: bacalhau confitado com puré de citrinos, e a fantástica empada de bacalhau, que consta de bacalhau desfiado com uma mistura de legumes salteados em massa folhada. Ninguém resiste.

Para além destes pratos com mais saída, há variantes bem conseguidas de trivialidades de sempre, como é por exemplo o caso do bacalhau à Brás, assim como do bacalhau à Margarida da praça, que é uma variante do bacalhau à Braga só que com batata cozida em vez de frita. Garrafeira copiosa, que é de resto motivo de orgulho nesta casa.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

 




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