Nesta mesa lisboeta sentam-se sabores do Perú, Japão, Índia e Portugal

Nesta mesa lisboeta sentam-se sabores do Perú, Japão, Índia e Portugal
Com carta renovada e mais eclética, e um novo chef ao comando da cozinha, o Clube Lisboeta, no Príncipe Real, senta os sabores do Perú, Japão, Índia e Portugal à mesa.

Cerca de um ano e meio depois de ter chegado à porta 90 da Rua da Escola Politécnica, no Príncipe Real, há sinais de mudança e evolução no Clube Lisboeta, que se mostra agora de cara lavada, com um novo chef ao comando da sua cozinha, e com uma renovada carta, mais extensa e ainda mais eclética do que antes.

A mesa deste restaurante pode ter morada alfacinha, mas senta à sua volta os sabores de quatro países, algo que se tem mantido desde o princípio, seguindo um princípio de rotatividade anual. A chegada de José Lopes à cozinha do Clube Lisboeta traz para a carta influências e propostas da Índia, Perú, Japão e Portugal – os três primeiros territórios a pedido dos clientes habituais e curiosos e o último é presença fixa, por razões óbvias.

O jovem chef, que trabalhou com Rui Paula no Terraço e Joachim Koerper no Eleven (uma estrela Michelin) passa assim, e partir de agora, a conciliar o novo desafio com o restaurante vizinho Pão à Mesa Com Certeza, do qual já assumia as rédeas.

O entrecôte de novilho maturado, salada de cebolas e pimentos grelhados, influência peruana. (Fotografias: Pedro Rosa)

O bacalhau em sous vide representa Portugal na carta.

As gyozas de camarão

As gyozas recheadas com camarão e cogumelos grelhados.

A ligação ao mar, de resto, é um dos elos que une as oito novas entradas, a maioria destas com base no peixe e no marisco. São os casos das nipónicas gyozas recheadas com camarão e cogumelos grelhados, com emulsão de soja e wasabi; do tártaro de robalo com cebolete, mistura de cogumelos em conserva de soja, fava de soja e alga nori grelhada, que também pisca o olho ao Japão; do camarão braseado com esmagada de batata vitelote, terra de azeitona preta, creme de gema e aioli de caju, com influências peruanas; ou do xerém algarvio tingido com tinta de choco, choco braseado, limão curado, óleo de coentros e algas da costa portuguesa. Este último, de resto, é uma homenagem do chef às suas origens algarvias.

A variedade prossegue nos pratos principais. Da Índia, chega a inspiração para o korma de peixe, assado com crosta de ervas, amêndoa e coco, puré de beringela grelhada e molho de korma de peixe; bem como para o carré de borrego em massa brick, com puré de cebola assada, uvas e tomate cereja. Já o entrecôte de novilho maturado no churrasco e a perna de frango desossada, confitada com malagueta, com polenta, puré de milho assado e uma telha do mesmo, representam o Perú.

(Fotografia: DR)

O cheesecake de matcha com biscoito de noz, calda de kumquat e gelado de noz.

O ramen de porco e a cavala, em cura de sal e açúcar, ligeiramente braseada, acompanhada de puré de ervilha com shiso, dashi de algas e peixes caramelizados, seguram a bandeira do Japão, enquanto que Portugal surge no prato com um bacalhau em sous vide, com molho de amêndoa amarga, barriga de porco curada e fumada, carvão de batata doce e lula braseada. Também com influência nacional é a feijoada de leitão, ainda nos principais, e a marmelada com pasta de requeijão, biscoito de canela e gelado da mesma, já nas sobremesas. A indiana bebinca e o cheesecake de matcha também reforçam a secção de doces do Clube Lisboeta, que também mudou a sua modalidade de brunch, agora só disponível aos fins de semana.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.




Outros Artigos





Outros Conteúdos GMG





Send this to friend