Nas queijadas mais famosas de Oeiras, dá-se palco à castanha

Queijadas de Oeiras. (Fotografia de Reinaldo Rodrigues/GI)
Com massa fina e estaladiça, e um recheio onde brilha a castanha, o queijo fresco, o mel e ovos, as Queijadas de Oeiras são verdadeiras embaixadoras municipais. Nasceram há vinte anos e só se fabricam na Pastelaria Paris Village.

Há precisamente vinte anos, um oeirense apaixonado pela doçaria, e com raízes alentejanas, decidiu concorrer ao Concurso de Doçaria Regional de Marvão. Foram as Queijadas de Oeiras de Carlos Malato – depois batizadas desta forma – que venceram a competição, tornando-se hoje num produto embaixador do concelho oeirense.

Com o passar dos anos, a receita deste petisco doce passou depois para as mãos de Jorge Freire, atualmente o único a confecioná-las de forma artesanal, na sua pastelaria Paris Village, que tem duas moradas em Oeiras. A massa fina e estaladiça, feita de farinha de trigo, “é a parte que dá mais trabalho, até atingir esta textura fina”, explica Jorge. A esta, junta-se o recheio onde brilha a castanha, juntando-se ainda queijo de vaca fresco, ovos, mel “e umas especiarias secretas”, ri-se o proprietário, ligado ao mundo da pastelaria há mais de duas décadas.

À base de castanha, queijo fresco, ovos, mel e especiarias, a Queijada de Oeiras nasceu há vinte anos. (Fotografias de Reinaldo Rodrigues/GI)

Estas queijadas são fabricadas nas duas moradas da Pastelaria Paris Village, em Oeiras.

Ainda hoje, tem alguma ajuda da sua equipa de pasteleiros, mas mantém a receita só para si e ainda é o próprio que confeciona as queijadas, vendidas à unidade ou em caixas de seis, para levar para casa ou oferecer, já que a sua massa frágil as impede de serem encomendadas e enviadas a nível nacional. Sobre as queijadas à base de castanha – que surge de vários pontos do país – explica que uma das suas mais-valias é “não ser demasiado doce”, tornando-a mais consensual.

A qualquer hora do dia, é um petisco que cai bem, mas “acompanha bem com o café ou com um cálice de Vinho de Carcavelos”, explica o dono da Paris Village. “E se regarem a queijada com um pouco desse vinho, fica como uma sobremesa”, remata. Pelas vitrines das suas pastelarias – Jorge chegou a ter quatro só neste concelho – há um sem-fim de doces e salgados, entre pastéis de nata, bolas de Berlim, pães de Deus, folhados ou palitos do Marquês (outro clássico de Oeiras), além das fornadas diárias de pão caseiro, para provar no interior ou na esplanada, abrigada para os dias de frio.

Jorge Freire é o responsável pela Paris Village.

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