Mona Verde: um terraço em Lisboa aquecido para este inverno

(Fotografia de Rita Chantre)
Uma cozinha com sabores mediterrânicos e sul-americanos, cocktails de autor, música ao vivo e vistas panorâmicas sobre o rio e a capital: é destes ingredientes que se faz o Mona Verde, rooftop equipado neste inverno com aquecedores, mantas e uma cobertura para breve.

As bolas de espelho, as plantas tropicais e o painel de azulejos com motivos exóticos, alguns dos elementos que ajudam a vestir a decoração deste terraço, remetem de imediato para dias e noites longos e quentes. Mas o Mona Verde pretende ser um rooftop alfacinha para se usufruir o ano inteiro e cumpre essa missão com rigor: desde logo pela dose generosa de aquecedores e mantas espalhados pelo espaço, mas ainda mais no arranque de 2025, com a chegada para breve de uma cobertura que vai proteger grande parte da esplanada.

No oitavo piso de um edifício da Rua Castilho, as vistas panorâmicas fazem-se a 360 graus sobre a cidade, observando-se alguns dos seus emblemáticos habitantes: o Castelo de São Jorge, a Sé de Lisboa, o Jardim Botânico, o Jardim do Torel, a Baixa Pombalina e, claro, o Tejo. A sua dimensão generosa também é uma mais-valia, já que consegue sentar cerca de 150 pessoas de cada vez.

O Mona Verde tem aquecedores e mantas para o inverno, e recebe em breve uma cobertura. (Fotografias de Rita Chantre)

O espaço abriu há ano e meio.

A cozinha alimenta os finais de tarde e noites com um casamento entre os sabores do sul da Europa e da América Latina. Os croquetes de borrego com maionese de alho; a sopa de abóbora com tomilho, nozes e óleo de manjericão; o bife wagyu na grelha; e o camarão-tigre grelhado com manteiga de lima e redução de coentros são exemplos de pratos e petiscos mais recentes, mas há outras propostas como o tártaro de atum; o ceviche de peixe manteiga; a tempura de gambas com iogurte de limão; a couve-flor assada com avelã e cogumelos; os pimentos Padrón; e a presa de porco ibérico com molho chimichurri.

O bar, aposta forte da casa, oferece uma dezena de cocktails de autor. Henrique Oliveira, head bartender com mais de uma década de mixologia, leva à mesa três das criações mais recentes: o Guloso (gin, xarope de framboesa e chupa-chupa de frutos vermelhos no topo do copo); o Enigma (vodka, palitos La Reine, espuma de mascarpone, café e caramelo salgado, uma espécie de tiramisù em formato de cocktail) e o Solstice (rum escuro especiado, rum branco, puré de abóbora, cordial de chá preto e canela).

O tártaro de atum.

Na época fria, o rooftop abre aos fins de tarde e noite.

Neste rooftop, aberto há ano e meio e concebido pela Archer Humphryes Architects (responsáveis pela sala de espetáculos Koko e pelo hotel Chiltern Firehouse, onde já trabalhou o chef português Nuno Mendes, ambos em Londres), a música é eclética, indo dos ritmos cubanos ao funk, e é habitual o espaço receber sessões de DJ e música ao vivo. Neste último caso, as noites ganham o título de Mona Vista Social Club, para homenagear o panorama cultural e diverso de Lisboa, com artistas locais ou estrangeiros a residir cá.

O Solstice, à base de dois tipos de rum, é um dos cocktails de autor do Mona Verde.

Os croquetes de borrego.

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