Matosinhos: peixe fresco e cocktails em ambiente contemporâneo

O interior do restaurante Meia-Nau, na Rua Heróis de França. (Fotografia: Leonel de Castro/Global Imagens)
Um horário alargado, um bar de cocktails e uma decoração moderna são alguns dos pontos que diferenciam o Meia-Nau, um restaurante de peixe grelhado que abriu perto da lota.

Quem entra no Meia-Nau, aberto em maio, numa antiga oficina na Rua Heróis de França, encontra um ambiente elegante e informal, que Ivo Ferreira, um dos sócios, resume como «uma peixaria fina». Os funcionários servem às mesas de camisa e gravata, e o espaço está decorado com azulejos brancos nas paredes, numa uma alusão às peixarias.

Não há toalhas nas mesas de madeira e alguns candeeiros pretos fazem lembrar canas de pesca, enquanto outros são uma recriação, feita em aço, da malha das redes de pesca de polvo. Mas o «detalhe» mais marcante está suspenso no teto – um veleiro branco de 1930, usado pela Mocidade Portuguesa nas escolas navais.

Ivo Ferreira, um dos três proprietários.
(Fotografia: Leonel de Castro/Global Imagens)

Este ar contemporâneo, conseguido pelo arquiteto André Dias Araújo, é efeito da vontade dos três sócios de abrir algo diferente em Matosinhos, mas manter os preços e a qualidade do peixe e do marisco que é servido nas mesas da cidade. E se há alguém que percebe do assunto é Ivo Ferreira, que trabalhou durante 17 anos como gerente do restaurante Tito 2, na mesma rua. Juntou-se aos irmãos, e seus amigos, Nuno e Pedro Garcez, ex-proprietários do bar Rua, em Cedofeita, para criar este novo Meia-Nau. Além de ser um restaurante, é também um bar de cocktails, que está aberto de forma contínua das 12h às 22h.

Ali come-se «o melhor que o mar dá no dia», garante Ivo. Daí que a sopa de peixe, muito rica e cremosa, seja uma surpresa. Ora leva carapau, ora leva salmão, peixes que a par da dourada, do robalo e do linguado são também servidos grelhados na brasa, apenas com sal. Goraz e salmonetes também os há, mas com menos frequência, e ostras e lavagante, só mesmo por encomenda.
O que há sempre é o arroz de marisco, o polvo e o bacalhau à lagareiro e o peixe-galo frito com açorda de ovas, que sai da cozinha com a assinatura da chef Helena Rodrigues. A carne resume-se às febras de porco e ao lombinho de novilho que, tal como o peixe, pode ter como acompanhamento, uma das oito sugestões, entre batata a murro ou açorda de ovas.

Fondant de caramelo. (Fotografia: Leonel de Castro/Global Imagens)

A garrafeira é curta mas selecionada, e para vários bolsos, contando com Vinhos Verdes, Douro e Alentejo. Com o bar de cocktails, a ideia foi levar um bocadinho do bar onde trabalharam Nuno e Pedro para ali. «Temos muita gente à espera porque o espaço é pequeno e assim, enquanto o cliente aguarda, toma algo», diz Ivo. As margaritas e os mojitos saem muito, mas há outros cocktails, bem como licores e digestivos. Como sobremesa, ou apenas como uma gulodice a meio da tarde – já que o horário permite -, há por exemplo o fondant de caramelo, servido com sorvete de tangerina. Uma perdição que se recomenda.

AGUARELAS Numa das paredes observam-se sete aguarelas encaixilhadas. São pinturas dos rótulos
das primeiras garrafas da Quinta do Portal.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

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