Matosinhos: no Seiva, há plantas no prato todo o dia

Seiva (Fotografia: José Carmo/GI)
O Seiva, em Leça da Palmeira, Matosinhos, é o primeiro restaurante do chef David Jesus, que passou por várias cozinhas Michelin nos últimos anos e se estabeleceu à beira-mar com esta criativa cozinha de base vegetal.

O que a Natureza dá a cada época inspira as criações culinárias, na sua grande parte, de base vegetal, de David Jesus. O Seiva fica em Leça da Palmeira, à beira-mar, e é o primeiro restaurante do chef setubalense de 26 anos, que passou pelas cozinhas de restaurantes com estrela(s) Michelin, como o Feitoria, o Fortaleza do Guincho, o Quique Dacosta (Valencia), o DiverXO (Madrid) e o Frantzen (Estocolmo).

O chef David Jesus.
(Fotografia: José Carmo/GI)

O resultado apresenta-se em pratos que têm “o sabor de um, técnica do outro”, graceja, dando como exemplo a couve-flor cozinhada a vapor, com um envolvimento que leva areia da praia, que aprendeu no Quique Dacosta. Esta necessidade de se aproximar da terra, conta, surgiu na Suécia, depois de visitar uma quinta que tinha “estufas de fermentados, padaria, uma estufa de sementes e germinados, um centro de pesquisa”.
David identificou-se com a visão holística do espaço e pôs em evidência aquilo em que sempre acreditou: “a terra oferece aquilo que nós precisamos” e ao acompanhar a sazonalidade “temos um maior aporte nutricional”, diz. A incursão inspirou-o e o currículo deu-lhe confiança para abrir o Seiva, cujo nome é uma homenagem ao avô, que era agricultor, e ao pai, que trabalhou como resineiro.

Os churros de batata, acompanhados por uma tomatada. (Fotografia: José Carmo/GI)

As homenagens também chegam à mesa, sobretudo nos churros de batata. São fritos e molham-se numa tomatada, inspirada na que a avó fazia, preparada com tomates assados “que ninguém quer” encontrados no mercado. Da carta, sugere-se ainda a paella, cujos ingredientes vão sendo adaptados à estação. Já foi de cubos de seitan e cogumelos, e agora apresentam-se com raízes, como a bola de aipo e a batata-doce.
Outras opções passam pela lasanha tailandesa ou o caril de abóbora e grão. Ao almoço, o chef apresenta ainda a opção “Fora da Carta”, que leva proteína animal, e apenas é decidida no dia. Há ainda pratos mais leves para o pequeno-almoço e o lanche, porque o Seiva quer ser um destino para todas as horas.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.




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