Marlene Vieira casa pratos modernos e intemporais à mesa do novo Zunzum

Marlene Vieira casa pratos modernos e intemporais à mesa do novo Zunzum
Marlene Vieira. (Fotografia: Orlando Almeida/GI)
O gastrobar que Marlene Vieira acaba de abrir em Santa Apolónia, à beira-Tejo, nada entre águas clássicas e contemporâneas, com o produto nacional ao leme. Uma mesa com qualidade sem preços da alta cozinha.

A ideia de ruído fica apenas no nome de batismo. O novo gastrobar que Marlene Vieira abriu no Terminal de Cruzeiros de Lisboa, é claro na abordagem e execução. “Quero ter Portugal à mesa, com produtos nacionais e técnicas do mundo”, explica a chef, que aqui aposta numa cozinha que é tão intemporal como moderna, adicionando elementos contemporâneos a um universo mais clássico, e vice-versa.

Apesar dos anos de experiência que soma, e mantendo-se à frente do Panorâmico de Oeiras e do espaço no Mercado da Ribeira, a chef encontrou neste Zunzum, nascido numa pandemia e adiado por causa desta, um desafio extra. “Abrir um restaurante já é difícil em qualquer circunstância, ainda mais agora”, explica, adiantando que o início da pandemia foi “o período mais conturbado, por haver aquela sensação de medo e por termos muitas decisões para tomar”.

A carta é curta mas eclética, e foca-se muito nos petiscos para partilhar, apesar de ter algumas propostas mais robustas. Comum é a qualidade do produto, sem chegar aos preços da alta cozinha. À mesa chegam a tempura de vegetais com maionese de ervas; a rodela de massa de piza que leva por cima abacate fresco, sapateira e ovas de truta; a feijoada de carabineiro com chips de arroz; o ceviche de espadarte envolto em maracujá e pipocas com pimenta; ou a filhós de berbigão com creme de berbigão à Bulhão Pato. Sem esquecer clássicos como o polvo à lagareiro, o arroz de pato e a francesinha, piscar de olho às origens nortenhas de Marlene. Para acompanhar, há vários e bons cocktails de autor e cerca de 30 referências vínicas, de pequenos produtores nacionais e quase todas ligadas a práticas sustentáveis.

O arroz de pato de Marlene Vieira. (Fotografias: DR)

Filhós de berbigão à Bulhão Pato

Sabores portugueses para provar entre quatro paredes, num edifício moderno de autoria do arquiteto Carrilho da Graça e com vista ora para o Tejo, ora para o antigo casario de Alfama e o Panteão Nacional. Mas também na esplanada, onde comem quase 40 pessoas. Na zona de loja, mantém-se a aposta no produto nacional, que pode ser comprado e levado para casa, com opções de vinhos e livros da chef, doces, flor de sal, sabonetes, chás e queijos, vindos de norte a sul e ilhas.

Ali ao lado, vai nascer o restaurante-irmão que terá o nome da chef, mais focado numa perspetiva de alta cozinha. No futuro espaço, que irá abrir algures no último trimestre do ano, o menu de degustação será fechado e uma surpresa para quem ali se senta. “Vai ser como ir a um espetáculo de teatro, sentar-se e ser surpreendido”, remata.

A esplanada do Zunzum. (Fotografia: Orlando Almeida/GI)

O restaurante fica situado no Terminal de Cruzeiros de Lisboa. (Fotografia: AndréŽ Luí’s Alves/GI)

Os cocktails de autor juntam-se às referências vínicas de pequenos produtores como apostas na carta de bebidas.

 

Zunzum
Terminal de Cruzeiros de Lisboa
Edifício Norte, Doca Jardim do Tabaco (Santa Apolónia)
Tel.: 210500347
Web: marlenevieira.pt
Das 17h às 23h. Sábado e domingo, das 12h às 23h. Não encerra.
Preço médio: 25 euros




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