Lisboa: Novo «fondue à japonesa» no Avenida SushiCafé

Cinco pratos tradicionais juntaram-se, este mês, à carta de almoço do Avenida SushiCafé, o restaurante chefiado por Daniel Rente junto ao Marquês de Pombal. E, destes cinco, nenhum é sushi.

Vai para seis anos a vida do Avenida SushiCafé, na Rua Barata Salgueiro. Seis anos em que não houve tempo para acomodar, muito pelo compromisso do chef Daniel Rente em honrar a cozinha contemporânea e tradicional japonesa. Este verão, voltou-se para sabores improváveis de sushi, mas guardou para o inverno cinco novos pratos quentes que se podem provar (e repetir) nos próximos meses, sempre ao almoço.

Um dos mais práticos será o ebi kakiage, que traduzindo é «uma espécie de patanisca frita em novelo de batata-doce, camarão e legumes», segundo o chef, que descobriu alguns destes clássicos durante os seis meses que trabalhou no restaurante West, em Osaka, ainda antes de abrir o primeiro SushiCafé, no Amoreiras.

Foi também aí que descobriu as caixas lacadas japonesas, onde são tradicionalmente servidos o katsudon e unaju, dois dos pratos que fazem parte desta nova carta. O primeiro trata-se de um panado de porco com pão ralado japonês (menos triturado), pousado sobre arroz gohan, ovo e cebolo, enquanto o unaju se torna-se inusitado pela proteína que domina o prato: a enguia japonesa de água doce. Também é apresentada numa caixa, grelhada, com o mesmo arroz e molho teriyaki.

Para partilhar, nada como pedir um dotenabe, escolha que exige, talvez, mais tempo à mesa. É um caldo japonês com miso, legumes variados e konnyaku (tubérculo), mas distingue-se de outra «sopa» japonesa também pela pasta de soja, que forra o rebordo da tigela. Deve ser envolvida, a gosto, e quanto mais pasta de soja o dotenabe tiver, mais salgado será o caldo.

Por fim, o quinto e mais marcante prato da nova carta: o sukiyaki. «Podemos compará-lo a um fondue», explica Daniel Rente quando chega à mesa o fogão e a tigela de ferro fundido. É preciso reservar com antecedência, até porque o prato é preparado para duas pessoas e em frente ao cliente que, no final, o termina. Não há regras, mas sim sugestões, que passam por mergulhar a carne e os legumes no molho de sésamo e no ovo batido. Se dúvidas existirem o chef tem bons argumentos para convencer a uma visita: «Como é um prato muito tradicional, temos várias famílias japonesas a vir cá ao fim de semana.»

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

Leia também:

Santa Catarina já não é a rua mais movimentada do país
As novas pitas saudáveis de Lisboa têm nome de figuras históricas
Este domingo anda-se de cuecas nas carruagens do metro




Outros Artigos





Outros Conteúdos GMG





Send this to friend