Chica Chica Boom: em Alcântara há boa comida e samba no pé

O típico escondidinho é um dos pratos da carta do Chica Chica Bom. (Fotografia de Gerardo Santos/GI)
Três amigas (e simpáticas) brasileiras juntaram-se no Rio de Janeiro há mais de 10 anos e vieram para Portugal com os versos de Carmen Miranda na ponta da língua. E um desfile de boa comida também.

Texto de André Rosa.

Gabriela Loureiro carrega num botão do telemóvel e começa a ouvir-se, das colunas da sala, “Meu coração faz chica chica boom chic”, na voz inconfundível de Carmen Miranda. Podíamos estar em 1941 – ano em que a portuguesa, natural de Marco de Canaveses, apresentou este êxito no filme “Uma noite no Rio” -, que tudo bateria certo. Até porque a decoração que herdaram do espaço (anteriormente bar/salão de chá), forrado a azulejos, remete para outros tempos, com mobílias pesadas e escuras, peças de loiça e quadros pendurados.

As três amigas são as chefs de cozinha. (Fotografia de Gerardo Santos/GI)

A história que uniu Gabriela, de 31 anos, Jéssica Torres, de 38, e Carla Upiati, de 33, rolou ao ritmo das suas experiências profissionais – dentro e fora do Brasil, pois todas passaram, até, por restaurantes Michelin. No Rio de Janeiro tornaram-se amigas, já vão mais de dez anos. Depois, Gabriela veio para Portugal, seguida de Jéssica e Carla, há três anos. Até que o destino as juntou de novo na área da restauração.

Ao fim de um tempo lançaram-se num projeto próprio, com uma série de jantares “pop-up”. Como o sonho de ter um restaurante a sério já habitava nelas, assim que descobriram este pequeno espaço no bairro de Alcântara assentaram, abrindo o Chica Chica Boom em julho, quase como uma sala de estar para provar (e conversar) de tudo um pouco.

A carta reflete a diversidade da gastronomia brasileira e as origens das três amigas cozinheiras. Do litoral do Paraná veio o barreado (um prato indígena com carne, farinha de mandioca e banana); do sudeste o escondidinho (carne guisada com puré de batata doce e queijo braseado) e do nordeste o camarão na moranga (uma espécie de abóbora, explicam). Também fazem pica-pau de coração de galinha, pão de queijo e goiabada picante e rolinho de moqueca com espuma de coco, entre outros.

“Fazemos uma comida tão boa quanto a Michelin, mas com uma apresentação informal” a lembrar a “comida de infância feita pela avó”, acrescenta Gabriela. Para terminar em beleza, sugerem um bolo de chocolate e mousse de cupuaçu (fruto de uma árvore da Amazónia) e um café acompanhado de brigadeiro com petazetas “explosivas”. Boom!

 

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