Há 32 anos, os irmãos Joaquim e Manuel Lopes juntaram-se a Joaquim da Rocha para abrir o Casarão do Castelo, um restaurante de cozinha tradicional especializado em peixes na brasa e marisco, junto ao forte de Leça da Palmeira, em Matosinhos. Mais recentemente, o trio apostou numa segunda casa. O Novo Casarão do Castelo, de linhas modernas (o projeto tem a assinatura do arquiteto Daniel Capela, do gabinete Mutante), a piscar o olho à clientela mais jovem, mas com a mesma oferta, soma já dois anos de existência. À entrada, surge a figura de um lavagante em ferro forjado, o símbolo do Casarão, e no interior saltam logo à vista a montra de pescado e o aquário com marisco vivo.
Joaquim Lopes salienta a frescura dos produtos que vão para a mesa em especialidades como o arroz de lavagante, a açorda de marisco ou o misto de marisco, que inclui camarão tigre, camarão da costa, percebes e sapateira recheada. Da cozinha, dirigida pelo chef Luís Pereira, saem esses e outros pratos, que também podem ser levados para casa (o serviço de takeaway é anterior à pandemia).
Nas mesas, o alicate e o garfo do marisco preparam o desfile de delícias, das entradas, como as tradicionais pataniscas ou o presunto ibérico Pata Negra lascado, às sobremesas de ar imaculado da pasteleira Luísa Costa. O serviço é atencioso. A pedido, os camarões até já chegam ao prato descascados.
Mais de 200 referências de vinho compõem a garrafeira, distribuída pelo espaço amplo, munido de bar. À sala principal juntam-se três salas privadas, com capacidade para acolher entre seis e 20 pessoas. Ficam no andar de cima, o que não é problema para clientes com mobilidade reduzida, porque há elevador no edifício, dominado por tons de preto e branco, com apontamentos dourados.
Lavagante de chocolate
O lavagante de chocolate, uma espécie de bomboca com uma bolacha em forma de lavagante por cima, é uma das sobremesas disponíveis. Algumas são sazonais.