Norte de Itália à mesa no novo restaurante de Almada

O chef Luca Salvadori abriu o seu segundo restaurante italiano, agora na Margem Sul, no centro de Almada. A inspiração vem do Piemonte, a região italiana onde nasceu. Os frescos, esses são portugueses.

O português já se percebe bem, mas o sotaque continua lá. «Falar para o computador não era para mim», ri-se Luca Salvadori. Já foi engenheiro informático e jogador de râguebi, mas a paixão pela comida falou mais alto. Há vinte anos que a conversa é outra: agora fala com os tachos. Destes vinte, quase metade foram passados em Portugal, onde o chef piemontês já soma dois restaurantes italianos. Ao Il Covo, que gere há três anos em Lisboa, junta-se agora o La Cantina, no centro de Almada, com preços mais acessíveis e propostas mais «típicas e tradicionais do Norte de Itália».

Transversal é o uso de produtos portugueses nos frescos e na proteína. «Italianidade não é cozinhar pratos italianos. É sim, e acima de tudo, cozinhar com produtos locais», refere. As massas frescas, contudo, são italianas, assim como alguns produtos DOP, e são preparadas todos os dias pelas 09h30. Luca trabalha com oito tipos diferentes, com ou sem ovo, e com diferentes percentagens de farinha. E ao contrário de uma massa de piza, que precisa de várias horas a fermentar, estas descansam apenas 15 a 20 minutos.

(Fotografias: Paulo Spranger/GI)

(Fotografias: Paulo Spranger/GI)

 

 

Os ravioli del Plin, que no Norte da Itália servem para aproveitar os restos de carne do cozido que se come ao domingo, aqui vêm recheados com ossobuco e molho de açafrão biológico, parmesão e gremolata milanesa. «Era como a minha avó fazia», explica Luca, que aos 4 anos já era seu ajudante na cozinha.

 

 

 

A lasanha leva-nos até à cidade de Bra, no Piemonte. A bolonhesa que leva é feita com salsicha de vitela de Bra, um produto desta comuna com legado judaico, e só vai a cozer no forno, de forma lenta. Também na carta está a carbonara na sua versão original, sem natas e com guanciale, peça de charcutaria feita de bochecha de porco. E os ravioli com tinta de choco, recheados com burrata e molho de tomate fresco são uma das opções vegetarianas.

O típico bife de Florença, a bisteca assada no carvão, e o peixe do dia grelhado na chapa, que o chef traz da Costa de Caparica, completam a carta, onde não existem pizas. «Deixo isso para os pizzaioli», remata Luca. «Prefiro fazer menos, e bem feito.»

 

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

 

Leia também:

Romeira: Tudo sobre o novo mercado de comida de Almada
Almada a Setúbal: 8 restaurantes para ir na outra margem
Paraíso de queijos com direito a prova na Rua do Almada




Outros Artigos





Outros Conteúdos GMG





Send this to friend