Kokko: cozinha asiática com exuberância, em Vila do Conde

Kokko (Fotografia de Leonel de Castro)
O antigo Romando Privé reinventou-se. Vestiu-se à imagem de um clube noturno dos anos 1930, em Xangai, com uma atmosfera intimista e algo excêntrica, onde se faz uma viagem pelos sabores da Ásia além do sushi. Eis o Kokko.

Franjas, dragões, tigres, porcelanas chinesas, joias do mar, tudo levemente iluminado, para criar um ambiente intimista, misterioso e algo excêntrico, a evocar os clubes noturnos dos anos 1930 em Xangai. Foi com esta premissa que o grupo Romando decidiu reinventar a sua ligação à cozinha asiática transformando o antigo Romando Privé, em Vila do Conde, num novo restaurante que vai além da culinária japonesa, para presentear os visitantes com uma viagem pela Ásia. Eis o Kokko.

Kokko (Fotografia de Leonel de Castro)

 

“Quisemos trazer um bocadinho mais de profundidade. Sentimos, enquanto grupo, que precisávamos de um asiático que fosse ainda mais exigente, e acima de tudo trouxesse uma experiência de toda a Ásia para o consumidor. Temos pratos da Tailândia, da China, do Japão, temos pratos coreanos…”, realça Nelson Pena, proprietário do grupo, não escondendo o desejo de levar esta nova marca numa futura expansão para Lisboa. O Kokko veio reforçar um portfólio, que conta já com o restaurante Romando, dedicado à cozinha portuguesa e o japonês Romando Sushi Caffé, em Vila do Conde, a par da Enoteca 17.56, nos antigos armazéns da Real Companhia Velha, em Vila Nova de Gaia.

 

O mundo de sabores e texturas do Kokko abre-se, ao fundo de um corredor, para um bar, onde a experiência começa com um dos cocktails de assinatura da casa, como o “Just call me Kokko”, uma combinação exótica e refrescante de tequila Volcán, ananás das Caraíbas, erva-príncipe fresca e gengibre picante; ou então com um flute de Dom Perignon – marca parceira da casa. Ambos acompanham na perfeição as ostras com ponzu, a abrir o desfile de criações pan-asiáticas que se seguem. Brioche de Hokkaido, ainda morno, para aconchegar o estômago, servido com manteiga e sal negro dos Himalaias; granizado de robalo, a frescura do mar, com um calor subtil; ou os ovos rotos de barriga de atum e batata crocante, untuosos e surpreendentes.

Kokko (Fotografia de Leonel de Castro)

 

Ao fundo da sala, no balcão do sushiman, preparam-se as peças de sushi, servidas em grandes conchas abertas – as “joias do mar”, ou bivalves são um dos elementos recorrentes na decoração, cheia de pormenores que fazem passear o olhar pela sala, a absorver as pinturas dos vasos, os padrões que forram as cadeiras e os biombos, as nuances das franjas que pendem do teto ou os contornos do dragão gigante que serpenteia sobre as mesas.

 

Do Japão seguimos para a China, com uma torre de dim sum, que chega à mesa ainda a fumegar. As massas são todas feitas na casa, assim como os recheios, que incluem, por exemplo, camarão e alho, ou porco assado a baixa temperatura. Da Tailândia chega-nos um robalo em folha de bananeira, cozinhado na robata, suave e delicado, com um leve sabor fumado. A viagem gastronómica também se estende às sobremesas, onde sobressai o sticky rice, um arroz doce de côco, servido com manga e lichia. Mais uma pérola para a coleção.

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