Izakaya, a nova tasca japonesa do chef Tiago Penão, em Cascais

Ao balcão desta Izakaya só cabem 17 comensais. (Fotografia: DR)
Chama-se Izakaya, é o irmão mais novo e descontraído do vizinho Kappo e recria o ambiente e os sabores de uma tradicional tasca japonesa, no centro de Cascais.

Um ano depois de abrir o Kappo, que integrou a lista dos restaurantes preferidos da Evasões em 2021, Tiago Penão volta a mergulhar no mundo da cozinha nipónica no centro cascalense, zona onde nasceu e cresceu, agora com o Izakaya, vizinho e irmão mais novo da sua primeira casa. Como o nome já faz adivinhar, a ideia aqui é recriar o ambiente das típicas tascas japonesas, numa lógica próxima e descomplicada entre comensal e chef.

“Quis criar um espaço divertido e descontraído, com a comida que gosto, a ouvir a música que gosto”, explica Penão, que no seu percurso soma moradas como o Michelin sintrense Midori, do Penha Longa Resort. “No Japão, são locais onde as pessoas se encontram depois do trabalho, comem, bebem, divertem-se, e repetem no dia seguinte. É um ponto de encontro descontraído entre amigos”, acrescenta o jovem chef, que descobriu a paixão pela cozinha ainda jovem, quando trabalhou temporariamente num restaurante, de forma a poder pagar uma viagem de férias.

No espaço informal e pequeno – que ajuda a criar a dinâmica intimista – come-se no balcão onde se reúnem até 17 comensais, sempre de olhos postos na cozinha aberta. A carta foi criada para ser partilhada, oscilando entre clássicos e interpretações menos óbvias, num menu degustativo “omakase” (que significa algo como “ficar nas mãos do chef”) ou em pedidos isolados, sempre com inspiração forte na comida de rua e taberneira.

Entre os destaques do Izakaya estão o arasi no sakamushi (as amêijoas algarvias abertas em saké, com caldo dashi e soja branca); o kimchi, para os fãs da clássica couve fermentada e picante; o toro yokke chirachi (o tártaro de barriga de atum maturado a três semanas); as gyozas de frango e de rabo de boi, feitas a vapor e terminadas na frigideira; as ostras que chegam do rio Sado com ponzu e ovas de salmão fresco e limão; a katsusando (a popular e gulosa sandes de porco panado, aqui num brioche caseiro); ou a secção de yakitori (as espetadas com as várias partes do frango, feitas na robata, a grelha japonesa a carvão).

É na robata que brilham também os legumes sazonais grelhados com molho à base de sésamo, com o petisco yasai no gomae. Importa não esquecer o yaki ika, a lula grelhada e envolvida numa cremosa manteiga de miso, uma reinterpretação e homenagem de Tiago e do seu irmão Isaac Jorge (chef residente do Izakaya) a um prato que a mãe Anabela faz. Uma proposta que, só por si, merece uma segunda visita a esta nova casa cascalense.

Além da própria carta, a visão autoral de Tiago Penão está presente por todo o restaurante, desde a escolha da banda-sonora, aos letreiros em néon que decoram as paredes e aos graffitis que imprimem garra às casas de banho. Para ajudar ao serão, vale a pena espreitar a garrafeira com referências de saké, para pedir ao copo ou à garrafa, e os cocktails de assinatura, como a fresca Kimchi Margarita e o Tokyo Mule, dois exemplos de reinterpretações de clássicos da mixologia, aqui com um forte toque oriental.

 

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