Ilegal: comida de rua do mundo para comer com as mãos

Há muito para se comer com as mãos no Ilegal, onde dois chefs foram buscar a inspiração às ruas do mundo.

“O vendedor de comida de rua não passa fatura, não usa multibanco, não gosta de impostos, gosta que lhe facilitem os trocos, prefere que se coma sem talheres, não atura manias”, lê-se em jeito de aviso na carta do Ilegal. Não é que seja tudo assim neste restaurante aberto em agosto na Rua da Picaria, mas dá uma ideia do ambiente aqui criado por Marta Almendra, dramaturga, proprietária do Cruel, na porta ao lado, e sócia de Luís Américo no Boteco Mexicano.

No Ilegal, que ocupa o espaço deixado pelo Vingança, também aberto por Marta, escolhe-se de uma carta que não conhece a divisão entradas e pratos principais, mas antes as secções Banca de Mercado, Num Espeto, Com a Mão, e Com Garfo, Com Colher ou Com Palito, comer-se com as mãos é um ato bem-vindo e rouba-se de todos os pratos, num ambiente que só podia ser de pura descontração.

Na cozinha põe-se em prática o receituário de comida de rua de várias partes do mundo, criado pelos dois chefs consultores, Luís Américo e João Pupo Lameiras, que investigaram e adaptaram algumas das receitas. A carta é um conjunto de incursões à Ásia, que se refletem no kofta de borrego, nos spring rolls vietnamitas e no kare pan, aos EUA, com os corn dogs e as costelinhas de porco sticky, e à Europa, com a espanhola escalivada e a italiana mozzarella in carrozza. Tudo chega às mesas em poucos minutos, mas Marta frisa que este tipo de comida “não é confundível com fast food”.

Também as bebidas foram pensadas para provocar. As garrafas de vinho são servidas dentro de um saco castanho, e uma das mais pedidas, segundo Marta, é o Capri-Sonne Ilegal, que chega ao cliente juntamente com uma seringa de rum para injetar no pacote de sumo.

Algodão doce, língua da sogra recheada, fá de fruta, corn de Mars ou Snickers e s’mores são algumas das propostas para terminar a refeição. Ou iniciar, porque, afinal, aqui não há regras.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

Leia também:

Apuro: já abriu o primeiro bar vegan do Porto
Arouca: há muito para descobrir para além dos passadiços
8 lugares quentes para enfrentar o frio no Porto e arredores




Outros Artigos





Outros Conteúdos GMG





Send this to friend