Está a escassas semanas de ser pai pela primeira vez, mas há outras razões que fazem Rúben Tiago sorrir, por estes dias. O jovem chef abriu recentemente, e a Sul, um restaurante focado naquela que é uma das maiores iguarias gastronómicas, a Norte. Para trás fica um percurso versátil passado pelas cozinhas de espaços Michelin como o Belcanto, de José Avillez, e Midori, de Pedro Almeida, ou como a do restaurante Azenhas do Mar, a primeira que liderou em nome próprio.
Nesta nova morada e desafio, vira atenções para a popular sanduíche portuense. A motivação para abrir o Páteo das Francesinhas, situado entre a Parede e São Pedro do Estoril, foi simples. «Não há sítios em Cascais, Oeiras e arredores onde se possa comer uma francesinha», explica Rúben Tiago, também responsável pela decoração criativa do restaurante, ou não tivesse ele passado também pela área do design: há raladores de queijo e escoadores a servirem de candeeiros e frases escritas como «refeições e memórias são feitas aqui».
O novo restaurante tem 4 variedades de francesinha – e uma 5.ª a caminho. (Fotografias: Sara Matos/GI)
A versão tradicional. (Fotografia: Sara Matos/GI)
A francesinha, senhora e rainha incontestável nesta casa, serve-se de várias formas. À tradicional (10,5€), com bife da vazia, juntam-se outras, como a de picanha (12€), que leva presunto a substituir o fiambre e não traz ovo estrelado. Existe também a francesinha de camarão (12,5€), com 30% de caldo de camarão e 70% de carne, e que é servida num pão com tinta de choco. Além disso, leva ainda rúcula, queijo Philadelphia, salmão fumado e camarão.
Uma quarta, 100% vegetariana (13,5€), é servida em pão de beterraba e o molho é feito com caldo de legumes variados: cenoura, curgete, edamame, cogumelos, cebola e beringela, por exemplo. Da pasta que resulta do caldo, faz-se um hambúrguer para a francesinha, também com chouriço de soja. «A francesinha é um produto muito versátil», explica o proprietário do restaurante descontraído, que conta com uma sala interior e um sossegado pátio nas traseiras, onde se come rodeado de plantas. Para breve está já pensada uma próxima variedade: a francesinha de leitão, que levará um molho de pimenta e laranja.
A bola de alheira de Mirandela com ovo estrelado e espinafres, uma das entradas. (Fotografia: Sara Matos/GI)
Entre os petiscos, também há ovos rotos.
Na curta mas focada carta, há ainda espaço para petiscos, com várias influências. Casos de uns ovos rotos (5€) ou de uns pimentos padrón (3,5€), a piscar o olho aos nuestros hermanos, ou de uns camarões á’jillo (7,5€), que rimam na perfeição com os dias de verão. Acaba de chegar está a bola de alheira de Mirandela, ensanduichada entre um ovo estrelado por cima e uma cama de espinafres por baixo.
As sobremesas – do crumble de maçã (4€) ao bolo de chocolate e às panquecas de red velvet com gelado de baunilha, morango, chocolate e limão (5€) – são preparadas pela companheira de Rúben Tiago, Catarina Alves. Também de produção própria é a cerveja artesanal à pressão Páteo das Francesinhas, uma cerveja de trigo branca que acompanha bem com qualquer uma das francesinhas.
A sala interior do Páteo das Francesinhas. Atrás, há um pátio. (Fotografia: Sara Matos/GI)
Catarina Alves e Rúben Tiago, responsáveis pelo espaço.
Páteo das Francesinhas
Largo João dos Santos, 13 A (Parede)
Tel.: 211510292
Das 12h30 às 15h00 e das 19h00 às 23h00. Encerra segunda e domingo ao jantar.
Preço médio: 15 euros
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