Lisboa: Há um mundo inteiro que cabe nesta Rua

Da paixão pelos ecléticos sabores da street food mundial nasceu o Rua, no Príncipe Real, Lisboa. Uma viagem no prato pelas mãos de Ricardo Pereira (não o da TV) e Manuel André Fernandes (este sim, o da TV).

Que nos desculpe Júlio Verne, mas não são necessários oitenta dias para dar a volta ao mundo. No Príncipe Real, há uma forma mais rápida – e económica – de o fazer, com sabores, aromas e técnicas inspirados na street food dos quatro cantos do globo. O desejo foi-se aguçando com o tempo e a aposta concretizou-se em novembro pelas mãos do proprietário Ricardo Pereira (não o da televisão) e do chef Manuel André Fernandes (o da televisão, vencedor do concurso Masterchef Portugal em 2011), que aplica na cozinha o que saboreou quando viveu e estudou no estrangeiro.

Com a intenção de renovar a sua carta a cada três meses, o desabrochar da primavera coincide com a chegada de novos pratos ao Rua, que tem agora uma carta com dezasseis escolhas (quatro vegetarianos). «Não sou fã de cartas gigantes. As pessoas ficam confusas. Prefiro mais pequenas, mas que vão mudando», sublinha o responsável pela cozinha.

O pódio das preferências recai sobre as cenouras glaceadas, quinoa, frutos secos e queijo de cabra; o bao de pato confitado com pimentos vermelhos e cebola caramelizada; e a barriga de porco a baixa temperatura com maçã verde e molho de hoisin. Altamente recomendáveis são, também, as deliciosas asas de frango coreanas, acompanhadas com kimchi e frutos secos, um petisco para quem gosta de um toque de picante.

Da carta fazem ainda parte pratos como bacalhau fresco em polme de cerveja Guiness e remoulade; ou a cafta (uma espécie de almôndegas) de borrego com iogurte, menta, mistura de especiarias ras el hanout e sumagre. Nos doces, as framboesas levam a taça: uma vistosa e colorida mousse de chocolate com glacé de framboesas, crumble de pistácio e cacau, que formam um autêntico jardim.

Para além dos cerca de vinte vinhos disponíveis, a maioria de Lisboa e Bairrada, e das cervejas do mundo, os cocktails da casa dão nas vistas pelas cores e sabores intensos. É o caso do JinZoo (gin, chá verde e líchias), do Orange Spyce (vodka, infusão de limão e laranja, gengibre e tabasco) e da «sua» Margarita: aqui com gengibre, manjericão e pimenta.

O ADN eclético não é exclusivo do palato. Nota-se na sonoridade do Rua, através do jazz, afrobeat, indie ou rock, e pelos rostos de várias etnias desenhados no mural feito pelo street artist Samina, que faz lembrar uma parede de… rua, claro.

 

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

 

Leia também:

Lisboa: Já abriu o primeiro restaurante de rua Selfish
Lisboa: Abriu a nova cafetaria dos donos do Nicolau
O guia dos 10 essenciais de Lisboa para o ‘The Guardian’




Outros Artigos





Outros Conteúdos GMG





Send this to friend