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Há nova vida na Esplanada do Jardim, em Leiria

Kimuchi de atum com leite de tigre e ovas de peixe-voador, na Esplanada do Jardim (Fotografia de Nuno Brites/GI)

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A primavera trouxe nova vida à velha esplanada do Jardim Luís de Camões, em Leiria. A mais emblemática esplanada da cidade, criada nos anos 1960 e que já atravessou várias fases e estilos, transformou-se agora num moderno Restaurante & Club. A metamorfose aconteceu pela mão de Gonçalo Letra, empresário da vizinha Praia da Vieira, que já deixara a sua marca em espaços como o Oceano Bar e ou o Pianu’s Bar, na praia onde cresceu, ou mais recentemente nos bares Praia Nova ou Tropical, na praia do Pedrógão. Agora, desceu à cidade, por acreditar que ali “é possível trabalhar o ano inteiro, tratando-se de uma zona com muita afluência de jovens”.

O rés-do-chão e o primeiro andar da Esplanada do Jardim estão agora por sua conta. Almoçamos no rés-do-chão, um restaurante com capacidade para uma 100 pessoas, a juntar a outro tanto na esplanada. As entradas deixam adivinhar que o chef Rafael Santos, em parceria com Martim Nunes e Gabriel Frank, é capaz de surpreender sem esforço: um donut de camembert panado, em fatias de bacon, antes de um pica-pau com mostarda de Dijon e pickles. Depois, um kimuchi à base de ovas de peixe e leite de tigre, guarnecido com sementes de sésamo. Por ali, há sempre pratos do dia e por isso é imperdível experimentar as duas sugestões deste dia soalheiro, que casa bem com choco frito acompanhado com puré de batata-doce e gratinado de brócolos.

Gonçalo Letra conta à “Evasões” que tem sido uma experiência “muito desafiante”, esta de imergir na cidade, ele que cresceu nos bares de praia. A cozinha diferenciada e os cocktails têm feito sucesso por ali. Afinal, no andar de cima – onde também é possível jantar – são eles que dominam. “A ideia é que se possa vir jantar e ficar por aqui até às duas da manhã”, explica, enquanto saboreamos outra especialidade da casa, à sobremesa: um mil-folhas de morango, em que a fruta quase absorve a massa filo.

Lá fora, um grupo de jovens experimenta os cocktails enquanto espera pelo almoço. É um público bastante eclético o que procura a (nova) esplanada, longe dos tempos em que estava destinada a uma elite de meia-idade. “O que procuramos é que todos aqui se sintam bem, escolhendo o ambiente [espaço] de que mais gostarem”.

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