Visitar o Repelão, como é carinhosamente tratado pelos clientes, é uma surpresa. Quem entra neste rés-do-chão de uma casa geminada numa zona residencial de Fânzeres encontra, antes de mais, uma bem abastecida mercearia com frutas, legumes, vinhos.
O espaço, que começou a funcionar há 36 anos como armazém de fruta, não abunda, mas surpreende pela variedade da oferta. Não se percebe logo o que está nas traseiras, mas o cheirinho bom a comida, e as vozes lá do fundo rapidamente denunciam que ali há mais do que uma mercearia.
Passando o estreito corredor, onde mal cabem duas pessoas, surge a taberna, com um balcão, pouco mais do que meia dúzia de mesas e um detalhe curioso – um armário onde estão expostas muitas chávenas de café.
Em cima de quase todas as mesas se vê a mesma coisa: as tábuas de petiscos que a casa serve há doze anos, e que foram ideia do proprietário Manuel Ferreira. A fama delas atrai pessoas do Porto, da Póvoa de Varzim, Braga e Santo Tirso. Porquê?
Fartas e preparadas com esmero, as tábuas, que são aqui servidas há doze anos, falam por si. São bastante fotogénicas, se assim se pode dizer, e chegam aos comensais carregadinhas de petiscos, sendo o seu tamanho adaptado ao número de seja para uma pessoa, um casal, ou um grupo de quatro ou oito amigos. Alguns deles estão sempre garantidos, como o presunto, o melão, o queijo amanteigado, a alheira de Mirandela e a bôla caseira.
O resto depende daquilo que a mulher de Manuel cozinha no próprio dia. Podem ser moelas, bifanas, feijão preto, pataniscas. Ou polvo, camarão, mexilhão, se a visita for feita ao fim de semana. O melhor mesmo é sair na última paragem da linha laranja e descobrir esta pérola de Fânzeres.
Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.
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