Gazpaxo: um dueto ibérico com gosto da América Latina

O chef Sérgio Garcês e a mulher, Maria, abriram um «quarto de comer», uma nave com apenas 10 lugares para ir da Península Ibérica até às Américas sem sair da mesa.

«É engraçado ver os fatinhos do Saldanha deliciados com os tacos na hora de almoço». É assim que Maria Garcês descreve a afluência registada no Gazpaxo, o «comedor ibericano» que apresenta desde maio uma dezena de especialidades internacionais no centro de Lisboa. Do México chegam os tacos e os burritos, de Espanha chega o tártaro de beterraba, do Peru o ceviche e, de Portugal, o bacalhau com grão.

Na cozinha, está o chef Sérgio Garcês, autor dos gelados da Paletaria, um dos sucessos do Bairro Alto. “Mas não era ainda o que eu queria. O que queria mesmo era cozinha», diz. «Esta cozinha faço-a praticamente desde o tempo da universidade e fui apurando-a ao longo dos anos», conta, recordando os tempos em que aprendeu a cozinhar de tudo um pouco para não comer apenas «pizas e enlatados». Formado em Engenharia Biotecnológica, trabalhou num laboratório molecular e tirou um curso de cozinha na escola Le Cordon Bleu em Paris. Até decidir, depois da aposta nos gelados, abrir este restaurante em conjunto com a mulher, espanhola, experiente em gestão hoteleira.

Maria Garcês diz que «o melhor elogio à comida é quando perguntamos ao cliente se a comida está boa e ele não consegue falar».

Embaixadores da cozinha ibérica e América Latina (com influências do Peru, México e Brasil), tendo como referência chefes tão importantes como Fernand Adria, desenharam uma carta de dez pratos que vão alternando semanalmente. O burrito e os tacos (de cerdo, borrego, camarão e tártaro de salmão) representam o México, enquanto o tártaro de beterraba (com cebola roxa, nozes e alface) e o gaspacho de abacate (com abacate, lima, coentros e alho) atraem muitos paladares, sendo especialmente «saborosos» e indicados para vegetarianos.

O chá com uma pedra de gelo no copo não desilude, tal como a cerveja Coronita, mas o que leva mesmo os clientes a «perder a cabeça» são as margaritas. Sensação semelhante registam quando servem a tempura de chocolate com amêndoa, a finalizar. Maria Garcês diz que «o melhor elogio à comida é quando perguntamos ao cliente se a comida está boa e ele não consegue falar». «Como é tão pequenino e tão nosso» [o Gazpaxo tem apenas dez lugares sentados] «queremos que as pessoas se sintam um pouco como na nossa casa».

 

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

 

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