Tomates, beringelas, segurelha, abóbora verde, tamarilhos, alcachofras, pimpinelas e uvas americanas são só alguns dos produtos que Benoît Sinthon encontra, atualmente, na horta do Grupo PortoBay. O chef francês, responsável pela cozinha do Il Gallo d’Oro, o único restaurante com duas estrelas Michelin na Madeira, vê na horta uma grande vantagem: a facilidade em aceder, diariamente, a produtos locais e próprios da estação, o que garante frescura e qualidade.
“Sempre trabalhei muito com os legumes, ervas aromáticas e frutas da ilha da Madeira, por isso a ideia é destacar no menu o que a nossa horta tem de melhor e mais fresco”, explica o chef, que vai regularmente àquele terreno para acompanhar a produção e a colheita, trocar impressões com os dois trabalhadores ou cozinhar para os clientes. São quase 5000 metros quadrados, com legumes, fruta exótica, ervas aromáticas, flores comestíveis, alguns animais e uma mesa enorme, para convívios.
Fotografia: Maria João Gala/Global Imagens
O Il Gallo d’Oro ainda não reabriu após a pandemia – ao contrário do The Cliff Bay, o luxuoso hotel em que se integra -, porque tem clientes maioritariamente internacionais, que ainda não estão a afluir à ilha. Mas o restaurante Avista, ali ao lado, é orientado por Benoît e tem feito noites especiais com a sua assinatura.
Benoît Sinthon nasceu em Gardanne, perto de Marselha, cresceu rente ao oceano e passou férias nos Alpes, onde tinha família. Dos seus 48 anos, mais de 20 foram já vividos na Madeira, a terra natal da mulher, onde reencontrou o mar e a serra e descobriu novos sabores. Os produtos madeirenses estão muito presentes na cozinha aromática, de inspiração ibérica e mediterrânica que pratica no Il Gallo d’Oro, tendo por base as técnicas francesas.
Fotografia: Maria João Gala/Global Imagens
Um truque para cultivar ervas aromáticas
Quem quiser plantar ervas aromáticas no verão deve fazê-lo junto de vegetação alta ou árvores, para protegê-las do calor, explica Benoît Sinthon. Caso contrário, as mais frágeis – como o manjericão, o estragão ou os coentros – não sobrevivem.
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