Feijoada, caipirinha e roda de samba no Maria Bonita, no Porto

Carol Khoury, proprietária do Maria Bonita. (Fotografia de André Rolo/GI)
No Maria Bonita Botequim vive-se o Brasil a um ritmo diferente a cada dia da semana. Há samba e forró, há pagode, rock e sertanejo, e para acompanhar, picanha, feijoada, queijo coalho e caipirinha.

Maria Bonita foi a primeira mulher cangaceira da história do Brasil. Era companheira do famoso Lampião, líder de um bando de salteadores que percorreu o sertão do Nordeste brasileiro no início do século XX. Essa figura histórica, representação da mulher guerreira, da força e do protagonismo feminino, dá nome ao botequim ao comando de Carol Khoury.

Chegou ao Porto em 2021, para tirar o mestrado e, ao mesmo tempo, começou a trabalhar num bar. Com os donos desse estabelecimento, abriu, pouco tempo depois, o Maria Bonita, que agora gere sozinha. “Descobri que gosto muito disto, e do trabalho que temos de representabilidade de artistas emergentes e artistas que já trabalham há muito tempo”, confessa.

Todas as noites há atuações ao vivo. “É um ritmo diferente a cada dia da semana”, avisa Carol. Terça-feira é habitualmente dedicada ao forró, quarta é roda de samba, com bandas diferentes todas as semanas, sexta e sábado ouve-se mais rock, e no domingo há sertanejo. Na última segunda-feira do mês juntam-se vários músicos numa jam session, e na última sexta-feira há festa temática com dj. A quarta-feira é dia de descanso, mas também pode haver festa caso surja algum evento especial. O melhor é ficar atento à agenda semanal partilhada nas redes sociais do bar.

O cartaz faz-se essencialmente de músicos locais. Louise Hug é uma das vozes residentes, e também dá uma ajuda na cozinha, de onde saem petiscos e pratos mais robustos que convidam a viver o Brasil com todos os sentidos.

Há queijo coalho grelhado, coxinha, picanha para picar – com farofa e vinagrete – ou, apetecendo uma versão mais reforçada, servida com arroz, feijão e farofa; frango à parmegiana e feijoada (só ao fim de semana). Também abundam as opções de base vegetal, como a coxinha de cogumelo, a beringela à parmegiana e a feijoada vegetariana, feita com linguiça vegana, cogumelos e tofu.

Outra boa notícia é que a cozinha fecha com o bar, onde Carol serve cerveja gelada, caipirinhas e uma longa lista de outros cocktails. Por isso, pode-se recarregar baterias até ao final da noite e aproveitar a pista de dança que se abre naturalmente sob as luzes festivas. O ambiente é informal, há mesas de esplanada tanto no interior como no pátio nas traseiras, e o que se ouve por baixo da banda é o burburinho do convívio, embalada ao ritmo dos sons e sabores do Brasil.

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