Em Cascais, o Mar do Inferno dá palco ao peixe e marisco há 50 anos

Mar do Inferno. (Fotografia de Rita Chantre/GI)
Na caminhada segura da família Tirano nos últimos 47 anos, o Mar do Inferno tornou-se casa obrigatória para os amantes de peixe e marisco. À mesa, brilham os heróis do mar, o mesmo que serve de vista panorâmica.

De infernal só tem mesmo o nome, em alusão à vizinha e imponente Boca do Inferno. Nos últimos 47 anos, o Mar do Inferno tornou-se não só exemplo regular de casa cheia, com comensais fidelizados, como sinónimo de paraíso quando o assunto em cima da mesa é peixe e marisco fresco e 100% nacional, muito deste da própria costa cascalense.

Maria de Lourdes Tirano é a matriarca e a impulsionadora desta casa com vista sobre o mar, que começou como um barracão a vender pevides, amendoins e sandes, estendendo-se depois ao peixe e marisco que chega diariamente de fornecedores e mergulhadores de confiança, alguns desde o início. A dinâmica familiar mantém-se nos dias de hoje, com os filhos José António e Reinaldo a ajudarem a gerir o restaurante. “Sempre cresci aqui, a ajudar no que era preciso. Foi algo natural”, conta José.

A marisqueira fica situada ao lado da Boca do Inferno, em Cascais. (Fotografias de Rita Chantre/GI)

José Antonio Tirano segue as pisadas da mãe, na gestão do Mar do Inferno.

Nos tanques e vitrines do restaurante expõe-se o produto mais fresco do dia – lavagante, sapateira, santola, navalheiras, carabineiros, lagostas, percebes, bruxas, salmonete, robalo, dourada, cherne, linguado, imperador, pargo. “Aqui, o mar é que manda. A nossa cozinha é simples. Se o produto é bom e tem qualidade, não é preciso grandes invenções e dúvidas”, afirma Lourdes. A grelha de dois metros de comprimento é rainha na cozinha, mas também os fornos onde se faz o peixe ao sal.

As cataplanas e os arrozes, naturalmente, saem a bom ritmo para as salas e para a esplanada coberta com vista-mar (e que somam 170 lugares), mas também as travessas mistas de peixe e marisco que estão na carta há uma década. “O nosso público não nos deixa tirar as travessas da carta”, ri-se a proprietária. Uma das mais-valias está no facto de a cozinha não encerrar entre refeições, permitir comer marisco fresco a meio da tarde.

A vista-mar serve de companhia na esplanada coberta do restaurante.

O marisco e peixe fresco é o pilar da casa, de toda a costa nacional, e alguns do próprio mar cascalense.

Um clássico para provar:
A Travessa Especial da casa, para duas pessoas, leva robalo ou dourada, lagosta, gamba-tigre, gamba pequena, mexilhão, legumes vários e batata. Também há a Travessa do Mar, sem a lagosta e gamba-tigre.

A Travessa Especial está na carta da marisqueira há uma década.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.




Outros Artigos





Outros Conteúdos GMG





Send this to friend