Cerca de 120 metros de altura. Para lá chegar, levam-se cinquenta segundos num elevador, pormenor que batizou o primeiro restaurante que o basco Martín Berasategui abriu em Lisboa, e que ganhou em novembro a sua primeira estrela Michelin. No restaurante mais alto de Lisboa, no topo da Torre Vasco da Gama, come-se numa sala em tons de cobre e azul-marinho, toda envidraçada e com uma envolvência especial sobre a cidade: quando está mais cinzento e nublado, parece que estamos entre as nuvens; quando é verão, o sol deita-se em tons avermelhados no Tejo.
A alta cozinha do espanhol com mais estrelas Michelin – 12, no total – aqui com Filipe Carvalho como chef-executivo, saboreia-se, por esta altura, em propostas que elevam o produto nacional, como as ostras, amêijoas e flor de sal da ria de Aveiro.
Quem não quiser optar pelos menus de degustação, pode e deve escolher à carta. É lá que está a salada de verduras, ervas e pétalas com brotes de puré de alface e caranguejo real; o carabineiro grelhado com alho negro fermentado e puré de limão Meyer; ou o cremoso arroz de tomate com lavagante azul, cogumelos silvestres e emulsão de champagne. Nas carnes, aposta-se no pombo, cabrito e novilho.
O bolo de chocolate quente com 70% de cacau e gelado de baunilha é a resposta para adoçar, ainda mais, uma noite de São Valentim. Na eclética e extensa garrafeira do restaurante, moram qualquer coisa como 450 referências, metade das quais portuguesas.
Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.