Massada de peixe é prato que apetece quando o inverno bate à porta. E poder comê-la no restaurante do Altis Avenida só ajuda a desmistificar o tipo de cozinha praticada num hotel; e a perceber que toda a nova carta do chef João Correia gira à volta dos pratos de conforto, aqueles que apetecem nas estações mais frias.
Como os cremes de marisco e de cogumelos. Este último, um dos ingredientes principais da estação, chega de um pequeno produtor que está a cultivar cogumelos em troncos. «São biológicos», explica João Correia. Ribatejano, o chef é natural de Santarém, mas cedo começou a sua vida profissional na capital, mais propriamente na Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa. «Tinha 14 anos, era o mais novo aluno a entrar na escola e tive de convencer praticamente a diretora», conta. Trabalhou em várias cozinhas e nos últimos anos passou pela Vila Galé Opera antes de rumar ao Altis, com a abertura da unidade de Belém. Ali trabalhou com João Rodrigues, seu colega de curso, que hoje lidera o Michelin Feitoria.
Da escola do Altis Belém trouxe a proximidade da terra que vai pautando agora as suas escolhas no Rossio. «Gostamos de ir buscar a sabedoria antiga do produto e dar um arranjo diferente aos pratos tradicionais. Como a guita, um cordel que dá nome ao prato de pregado de lombo enguitado de porco preto, em que os sabores de peixe e carne seguem juntos, acompanhados por um puré de ervilhas.
Entre os pratos principais estão também um gratin de marmelo, que mais parece um mil folhas do fruto, com vitela de leite e o magret de pato com risotto de beterraba, uma das especialidades italianas que são sempre parte das cartas do chef. Para terminar, há farófia com doce de ovos, creme brulée e até um chocolate quente com chantily e marshmallows. Mais uma vez, comida de conforto, até à sobremesa. De segunda a sexta, ao almoço, o Rossio tem um menu a 15 euros por pessoa. Prato principal, água e café ou chá estão incluídos.
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