Cozinha de memórias na histórica Casa da Companhia, no Porto

Tártaro de lagostim, cenoura, yuzu, maracujá e caviar beluga, a entrada que vai ser servida no menu de Ano Novo (Fotografia: DR)
“Deixar memórias” é o mote proposto pelo chef Duarte Batista, ao comando do restaurante de fine dining que o boutique hotel Casa da Companhia inaugurou em setembro.

Duarte Batista quer que a experiência fique na memória do cliente, até porque, garante, a sua comida é fruto de recordações da infância em Alcaide, no Fundão, bem como da experiência adquirida ao longo de anos e viagens. “Da comida da mãe, dos refogados, dos assados feitos no forno a lenha depois de a avó cozer o pão, do peixe assado à portuguesa.” Mas também dos ensinamentos de Frederic Breitenbucher e de Miguel Laffan. Uma soma que agora põe em prática no restaurante de fine dining do hotel Casa da Companhia, situado na emblemática Rua das Flores.

A entrada do menu de Natal é carpaccio de polvo, puré de batata doce e abacaxi
(Fotografia: DR)

Numa carta onde o mar está muito presente, ou não fossem a “delicadeza do marisco e a precisão do tempo de cozedura” aspetos preferenciais do chef de 34 anos, constam pratos como tártaro de carabineiro, abacate e coco, e lavagante em manteiga de citrinos. Entre as propostas de peixe, outro alimento de particular agrado do chef, constam arroz de polvo e salmonete braseado. Para os amantes de carne, há propostas como barriga de porco a baixa temperatura, lombo de novilho e magret de pato. A refeição pode culminar com sobremesas como chocolate 74% e crocante de praliné de avelã, tartelete de amêndoa e ravioli de lichia.

Wagyu, topinambur e foie Gras, o prato de carne do menu de Ano Novo da Casa da Companhia
(Fotografia: DR)

Duarte Batista usa e abusa de especiarias (canela, cardomomo, estrela de anis, caril) “para dar magia ao prato”. Define a sua cozinha como clássica e diz-se ambicioso, embora assegure que a sua maior busca não é a do reconhecimento, mas da “casa cheia”.

Chocolate 74%, crocante de praliné de avelã e mousse de fava tonka, uma das sobremesas do menu da Casa da Companhia
(Fotografia: DR)

Para a eternização da refeição confluem pormenores como o oshibori, o toalhete aquecido que principia a refeição, embebido em óleo essencial de bergamota. O azeite Quinta das Carvalhas, servido no couvert, é outro dos detalhes de ligação à Real Companhia Velha, também visível nas garrafas de vinho do Porto presentes em alguns espaços do hotel, ou não rezasse a história que foi naquele edifício que foi firmada a Região Demarcada do Douro, no século XVIII.

O chef Duarte Batista, ao comando do restaurante de fine dining da Casa da Companhia
(Fotografia: DR)

Com as festividades a aproximarem-se, o restaurante da Casa da Companhia apresenta propostas para os jantares de Natal e de passagem de ano, além de brunchs nos dias seguintes. Todos os programas incluem atuações musicais e são de reserva obrigatória.

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