Os tacos que Obama provou estão no Príncipe Real

O Coyo Taco voou de Miami para Lisboa, há um par de meses. Não há nachos, esses são uma invenção para americanos, mas sim tortilhas caseiras e verdadeira street food mexicana. Não admira que a fama tenha chegado aos ouvidos de Barack Obama.

Coyo vem de Coyoacán, o município da Cidade do México onde nasceu e viveu Frida Kahlo. É de lá que vem também Alan Drummond, um dos três sócios do Coyo Taco. Inspirou-se na sua terra natal para abrir o restaurante mexicano, que tem neste momento três moradas no estado da Flórida, das quais duas são em Miami. Uma delas foi visitada, em novembro passado, por Barack Obama, que estava na cidade a apoiar dois candidatos democratas durante as eleições intercalares. O ex-presidente norte-americano aproveitou uma pausa na campanha para comprar tacos no Coyo Taco de Wynwood. E assim colocou a taqueria nas bocas do mundo.

A inesperada visita coincidiu com o mês de abertura do restaurante de Lisboa, o primeiro fora do continente americano – existem outros dois, na República Dominicana e no Panamá. A parceria com o grupo Multifood, responsável pelos vizinhos do lado, Tapisco e Pesca, trouxe o mexicano até ao Príncipe Real, onde dá nas vistas pela sua fachada pintada a azul forte, que faz lembrar a cor da casa de Frida, em Coyoacán. Ao lado da entrada está uma janela, de onde saem margaritas e outros cocktails para a rua.

Já no interior, há vista para o balcão, onde se fazem diariamente as tortilhas caseiras. «Temos feito cerca de 400», explica o chef Ricardo Bolas, que viajou até Miami para conhecer melhor os pratos do Coyo. Alguns, poucos, foram adaptados para Portugal, tal como o taco de carnitas de pato – o original leva carne de porco. No total há treze diferentes, entre vegetarianos, de carne e peixe, e ainda burritos e saladas bem recheadas.

«A proteína e os legumes são todos locais. Importamos, sim, malaguetas (serrana, habanero e jalapeño) para fazer as salsas; e o huitlacoche, um fungo que nasce no milho e que usamos para rechear as quesadillas», conta Ricardo. «Para o guacamole», acrescenta Alan, «usamos só o abacate hass, o tradicional, mais cremoso». E não há nachos, mas sim totopos, triângulos de milho, uma vez que os primeiros «são uma criação tex-mex». «Não existem na verdadeira street food mexicana», esclarece o sócio da taquería. No final só importa mesmo guardar lugar para os churros caseiros. Vêm com cajeta, um creme feito a partir de caramelo e leite de cabra, e são de chorar por mais.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

Leia também:

Príncipe Real: Há novas tapas no restaurante de Sá Pessoa
Príncipe Real: Novos pratos piscam o olho aos Descobrimentos
O novo refúgio gastronómico do Príncipe Real

 




Outros Artigos





Outros Conteúdos GMG





Send this to friend