Comer hambúrgueres em conta no Ramona, em Aveiro

Ramona, restaurante de hambúrgueres em Aveiro. (Maria João Gala/Global Imagens)
De café e salão de jogos, o Ramona evoluiu para hamburgueria capaz de atrair diferentes gerações, com os seus sabores tradicionais, a que não falta opção vegetariana. O espaço, que leva décadas de existência, reabriu em setembro, com novo rosto.

Mesmo durante a semana, chega a formar-se fila à porta do Ramona, antigo café e salão de jogos que virou hamburgueria emblemática da cidade de Aveiro. O negócio nasceu, em 1973, por iniciativa de Manuel Portela, que, em 1981, o trespassou aos sobrinhos Américo Portela e Fradique Marques. Os dois sócios conduzem os destinos da casa até hoje, auxiliados pelas filhas Paula Portela e Diana Marques.

Os primeiros hambúrgueres surgiram em 1986. Com o tempo, a oferta foi sendo adaptada ao gosto dos clientes. Um traço distintivo, no entender de Paula, é que, em vez de cebola crua, usa-se um molho de cebolada que “torna o hambúrguer mais suculento”. “A cebolada que as avós faziam para as iscas está presente no Ramona”, diz ela, sublinhando as influências da cozinha portuguesa, ali.

O espaço físico também foi sofrendo remodelações. Há sete anos, abriu-se mão dos matraquilhos, snookers e máquinas para apostar tudo numa ementa assente em hambúrgueres, cachorros, bifanas, salgados, sopas e sobremesas. A renovação mais recente, que coincidiu com a pandemia, trouxe outra luz e uma esplanada nas traseiras. “Queríamos criar um ambiente mais aberto, claro e moderno”, explica Diana, naquele lugar amplo e informal, com paredes em cinza cru, mesas e lugares ao balcão, reaberto em setembro, após vários meses de obras. O que se manteve, à entrada, foi o mural que descreve a atmosfera original do Ramona, da autoria de Reinaldo, cliente e amigo. O menu também não foi alterado.

Cada pessoa constrói o hambúrguer à sua medida. O primeiro passo é selecionar a base, que pode ser vegetariana (couve-flor e queijo), uma mistura de porco e vaca, peru ou panado de frango, entre outras opções. Depois, escolhe-se os ingredientes – a combinação mais concorrida chama-se Ramona e junta fiambre, queijo, cebola e bacon, havendo ainda uma versão com chourição. Entre os ingredientes extra, contam-se ovo, cogumelos, ananás e mais. Por fim, há as batatas fritas, com um molho feito na casa, que antes era colocado sobre elas e agora é servido à parte.

Inicialmente, o espaço era frequentado sobretudo por estudantes, também por estar próximo da universidade e dos liceus; entretanto, foi conquistando clientes de outras faixas etárias, passando a ser frequentado por famílias. “Várias gerações juntam-se aqui para almoçar ou jantar; pais que vinham cá em estudantes e agora trazem os filhos”, relatam as primas Diana e Paula. Segundo esta última, da lista, o que sai mais é o hambúrguer Ramona, com batatas fritas e refrigerante, um gasto médio de 7 euros. “Vem o rico, vem o pobre… O Ramona é para todos”, conclui.

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