Comer em conta: tradição com toque de chef na Casa do Costa, Vila do Conde

Casa do Costa. (Fotografia de Artur Machado/GI)
Na Casa do Costa, a cozinha é de Alexandre Silva, que já trabalhou com Quique Dacosta e José Avillez. A garrafeira tem cerca de 200 vinhos.

É cozinha tradicional portuguesa e foge ao banal. Há um chef com currículo Michelin, uma garrafeira cheia de preciosidades, um ambiente ao mesmo tempo requintado e familiar, um menu para várias carteiras. É a Casa do Costa, o novo restaurante de Vila do Conde, situado num cantinho discreto, a dois passos do mar.
“Queríamos um espaço de comida mais tradicional, mas com qualidade”, diz Tiago Costa, que, com o pai José e o irmão João abriu, em janeiro, a Casa do Costa. O trio familiar começou na restauração em 2016. Depois de um bar de praia em Esposende, queriam, agora, um espaço mais requintado. A Casa do Costa caiu–lhes “quase no colo”. Resolveram arriscar.

Da decoração à ementa, a ideia é a mesma: que os clientes se sintam em casa. À entrada, a lareira e uma garrafeira de respeito, com cerca de 200 rótulos. No primeiro andar, a sala. Quadros antigos, candeeiros adornados, pequenas esculturas e espelhos com moldura de talha dourada saltam à vista. A esplanada tem vista para o mar, lembrando que a praia é ali a 30 metros. Há ainda uma sala privada com uma mesa redonda para uma dezena de pessoas, destinada a jantares de negócio ou convívios.

A vitela à Lafões e o arroz de pato da casa. (Fotografias de Artur Machado/GI)

“É uma casa portuguesa, com certeza.” O verso, imortalizado por Amália Rodrigues, abre o menu e aguça ainda mais a curiosidade. A ideia, conta Tiago, foi ter “pratos diferentes – mesmo nas receitas mais tradicionais -, sem entrar pelo muito barato e sempre igual”.

A cozinha é do chef Alexandre Silva que, aos 26 anos, tem já um invejável currículo, a trabalhar com alguns dos melhores: Quique Dacosta (Dénia, Alicante, com três estrelas Michelin) e José Avillez (no Belcanto, Lisboa, duas estrelas Michelin, e no Cantinho do Avillez, Porto).

De terça a sexta-feira, o menu do dia custa 9,50 euros. Há sempre um prato fixo e, como opção, peixe fresco na brasa, que varia em função do que o mar traz: “Compramos diretamente aos pescadores da terra”, prossegue Alexandre. Robalo e dourada estão entre os mais procurados.

Depois, há opções para todas as carteiras: da bochecha de porto preto ao já famoso arroz de carabineiro. Por encomenda, há ainda arroz de cabidela ou cabrito da serra da Estrela. A carta vai mudando ao sabor do que a terra e o mar dão, aproveitando todas as potencialidades da região.

O novo restaurante de Vila do Conde.

Ao fim de semana, há casa cheia, os clientes começam a vir “por sugestão de um amigo” e a faturação já duplicou.

Para acompanhar a refeição, não faltam opções. A garrafeira é uma das apostas fortes. São cerca de 200 referências e também aqui houve a preocupação de trabalhar “para todas as carteiras”. Há vinhos, champanhes e espumantes dos 15 aos 16 500 euros (caso do Chateau Petrus, um tinto de Bordéus, França). Entre as raridades da Cave do Costa, uns vieram da coleção do pai, outros foram comprados em leilões, numa busca que nunca acaba.

O chef Alexandre Silva.

Ementa:

Prato do dia: 9,50 euros (bebidas à parte). Sugestões: arroz de bacalhau, vitela assada, arroz de pato, massa à lavrador
Especialidades: bacalhau assado no forno (22 euros), polvo à lagareiro (25 euros), bochechas de porco preto (19 euros), arroz de carabineiro (130 euros/ 2 pessoas)
Sobremesas: leite-creme de laranja (7 euros), pão-de-ló (6,50 euros)

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