Comer em conta: leitão, sandes e petiscos na Tasca do Amarelinho, em Aveiro

Tasca do Amarelinho. (Fotografia de Maria João Gala/GI)
A ementa é fixa na Tasca do Amarelinho, em Aveiro. Todos os dias há caldo-verde, bacalhau, leitão, moelas, bifanas, arroz-doce. Para petiscar ou comer de faca e garfo. A decoração decalca a sala de jantar do tempo das avós e o café antigo com mesas de mármore e azulejos nas paredes.

A carta está afixada em quadros por cima do balcão à esquerda de quem entra, e que remete para as mercearias de antigamente, e há opções escritas a giz numa lousa, branco no preto. A ementa não muda e não há prato do dia. Há sandes e mini sandes de porco no espeto, leitão, bifana, presunto e paio. No peixe, há bacalhau confecionado de três maneiras: à Brás, à Zé do Pipo e com natas. Lasanha de espargos e lasanha de legumes para quem não come ou não aprecia carne ou peixe. Há ainda caldo-verde com ou sem chouriço e bolinhos de bacalhau que podem ser colocados dentro do pão, tal como os ovos mexidos em prato ou em sande, ao gosto do freguês. A cozinha está aberta das 11 da manhã às 11 da noite sem interrupções.

Manuel Silva e João Monteiro maturaram a ideia do espaço que abriu em março deste ano com vista para a principal avenida de Aveiro. Trouxeram a experiência de assar porco no espeto em festas espalhadas por este país fora. “É a primeira casa a ter porco no espeto entre paredes, indoor, a ter esse conceito, como se fosse uma festa tradicional”, revela Manuel Silva. As fatias de pernil vão para dentro do pão e chegam à mesa com ou sem queijo da serra, à vontade do cliente. O leitão é servido em travessa, no pão ou ao quilo, batata frita a acompanhar, e chega à tasca em dois momentos do dia, diretamente de uma casa especializada, por volta das 12h15 e pelas 19h15. “Está sempre fresquinho”, garante Manuel Silva.

Um dos proprietários do espaço. (Fotografias de Maria João Gala/GI)

A matéria-prima merece a máxima atenção. “O pão é consistente, é importante o seu tamanho, bem como a qualidade da farinha.” Porque há sandes e mini sandes para cortar e rechear conforme os pedidos. No inverno, as papas de nabiças juntam-se à ementa. “É um espaço de boa gastronomia, todos os produtos são bons, tudo é fresco”, refere Manuel Silva.

Há também os típicos salgados, rissóis, croquetes, chamuças e coxinhas de frango. E doces como leite-creme, arroz-doce e tarte de bolacha e mais duas sobremesas que são, como descreve Manuel Silva, “aquele docinho que falta para acabar a refeição.” O amarelinho, com o nome da casa, e o perna de pau, inspirado no gelado, ambos servidos em pequenos copos de bolacha com banho interior de chocolate. O primeiro leva recheio de ovos-moles e é polvilhado com canela. O segundo, creme de morango, chantilly, e chocolate em pó no topo. Para saborear à colher ou à dentada.

Bolinhos de bacalhau, caldo verde e cerveja artesanal fazem parte da carta.

A decoração recua às casas das avós. Dois móveis de sala de jantar centenários, de madeira trabalhada, com terrinas, pratos e louças de antigamente nas prateleiras, mais uma televisão, uma aparelhagem e um telefone do século passado ajudam a compor o cenário. Há azulejos nas paredes e no chão, as mesas têm tampos de mármore, há bancos e mesas altas de madeira e um balcão virado para a rua. “Fizemos uma recolha do que havia antigamente, do tempo das nossas avós”, confirma Manuel Silva. Não há televisão ligada, há música de fundo, banda sonora dos anos 80 e 90.

A cor no batismo percebe-se, é a cor da cidade. Amarelinho dos ovos-moles, amarelo do Beira-Mar, o prédio também era amarelo. Tudo se conjuga numa tasca inspirada no passado que tanto funciona como uma petisqueira como um restaurante de faca e garfo. Para beber, há cervejas artesanais, vinho a copo e sangria nesta tasca que faz questão de se adequar ao tempo dos clientes, quer seja uma refeição rápida, quer seja um almoço fora de horas, um lanche tardio ou um jantar mais demorado. O negócio é familiar, o ambiente é informal.

Bacalhau confecionado de várias formas e as lasanhas da casa são outras propostas da Tasca do Amarelinho.

O restaurante fica situado na Avenida Dr. Lourenço Peixinho.

Especialidades: Caldo-verde (2,1 euros), sande de porco no espeto (3,5 euros), sande de leitão (5 euros), moelas (3 euros), ovos mexidos à amarelinho (3 euros), bacalhau à Brás (5 euros, meia dose; 9,5 euros a dose), bacalhau com natas (8 euros a dose), lasanha de espargos (7 euros).
Sobremesas: Tarte de bolacha (3 euros), amarelinho (1,5 euros), perna de pau (1,5 euros), arroz-doce (2,5 euros).

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.




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