As antigas portas que a avó de Rita Resende guardou na garagem durante mais de 50 anos estão agora pintadas de rosa velho e alinhadas numa parede do restaurante que a neta abriu em Viana do Castelo. Foi uma solução de decoração económica, rica em afeto e que confere personalidade ao espaço. Tal como o nome da casa – Pico-Pico Maçarico – que nasceu de um sonho. Literalmente.
“Sonhei com uma tia minha que me estava a fazer o pico-pico maçarico nas mãos, enquanto eu lhe dizia: vou abrir um negócio, vou abrir um negócio”, conta Rita.E abriu mesmo no dia 7 de junho de 2019. Em parceria com o marido Jeferson Vieira, brasileiro de Espírito Santo, que se tornou o chef da casa. Entretanto, tiveram o bebé Rafael, que agora tem três meses e também já para lá vai.
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- Rita Resende e Jeferson Vieira. (Fotografia de Rui Manuel Fonseca/GI)
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- A sala do restaurante. (Fotografia de Rui Manuel Fonseca/GI)
Formou-se assim “uma casa familiar”, com duplo sentido: nas ligações afetivas entre os donos e destes com os objetos da decoração, e também no conceito gastronómico que foi pensado para distintos gostos. O casal apostou em comida tradicional, reinventada “para ser mais bonita e muito saudável”, petiscos e também alternativas vegetarianas. Tudo a preços acessíveis. Por 4,5 ou 6,5 euros, mais bebida, é possível almoçar um dos dois pratos do dia, sendo que um deles é sempre vegetariano.
Rita Resende salienta que o restaurante se tem tornado conhecido “principalmente pela massa fresca e pelos doces caseiros”. “Pica aqui e volta” é o lema da casa. Já o marido e chef Jeferson diz que o estabelecimento corresponde à fórmula “food cost”. “Queríamos uma comida mais saudável, fugindo àquelas tradicionais mais pesadas, e com alguma inovação à mistura”, explica o cozinheiro, que deixa muito a sua marca brasileira nos pratos cheios de fruta e vegetais.
Tagliatelle fresca com gambas e legumes. (Fotografia de Rui Manuel Fonseca/GI)
Raviolis, risoto, massa fresca e pratos vegetarianos são sugestões diárias. Há ainda saladas, tostas e petiscos que vão desde ovos rotos com cogumelos, batatas bravas, tortilha, calamares, bolinhos de feijoada e tábua de enchidos e queijos. Neste capítulo (diárias ou petiscos), a média do gasto fica nos oito euros. Há também na carta propostas mais robustas como bacalhau confitado, bochecha de porco e vários risotos, que vão até aos 14 euros.
O MENU
Prato do dia… 4,50 euros ou 6,50 euros
Inclui prato, há dois e um deles é sempre opção vegetariana. Sopa por mais 1,20 euros.
Especialidades: Massas, risotos, vegetarianos, folhados e saladas.
Sobremesas: pavlova, curd de limão com mirtilos, tarte de limão merengada (2,50 euros)
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