Comer em conta: “comida de mãe” no Astúrias, em Viana do Castelo

Astúrias. (Fotografia de Rui Manuel Fonseca/GI)
Glória Rio Tinto, uma “senhora sem idade”, cozinha receitas de panela há mais de meio século. Os três filhos são anfitriões na sala e esplanada do Astúrias, em Viana do Castelo.

O restaurante Astúrias, situado na marginal de Viana do Castelo, junto ao rio Lima, nasceu em 1966 de uma antiga casa de pasto. Glória Rio Tinto, a carismática proprietária, asturiana de nascença, “senhora sem idade” e mãe de Arlindo, Luis e Pedro, continua ainda hoje a cozinhar as suas receitas de panela. E a fazer alquimia na cozinha.

Ali umas simples lulas grelhadas, um prato emblemático do restaurante, sabem diferente. E os seus guisados, estufados e feijoadas, convencional e de legumes, e pratos de tradição como frango frito, sardinha petinga ou carapau frito com arroz de tomate, cataplanas, peixes e mariscos, e sobremesas caseiras, recebem aplausos e fazem clientes regressar.

Os estrangeiros como que farejam a sua “comida de mãe” e o ambiente acolhedor e familiar, e até parece que já fazem parte da casa. Há sempre turistas, muitos espanhóis, sentados nas mesas cobertas com toalhas aos quadrados, à antiga portuguesa.

As lulas grelhadas e os mexilhões na cataplana são dois dos pratos da casa. (Fotografias de Rui Manuel Fonseca/GI)

Glória Rio Tinto e os três filhos, responsáveis pelo espaço familiar.

Os filhos são os anfitriões. Servem na sala e na esplanada as comidas apetitosas, em travessas e pequenas panelas individuais (também anda por lá a nora Cristina). Luis, que é professor de EVT, nem sempre está, mas faz-se presente com a sua arte espalhada pelas paredes e em cada canto. A seleção musical, dos três irmãos, ouve-se no estabelecimento, principalmente ao jantar. Nas noites de verão, a pequena esplanada convida a ficar para lá da hora de fecho.

Ao almoço, é possível provar comidas da Glória numa versão mais económica (10 euros). Há sempre um prato de peixe e outro de carne. E vinho a copo. Querendo desembolsar um pouco mais, pode-se alargar a possibilidade de escolha à ementa, escrita a giz na parede do restaurante, e em quadros de lousa preta. Ameijoas, mexilhões na cataplana, gambas da Glória , polvo na caçarola, lulas grelhadas, salmão grelhado, arroz de tamboril, bacalhau à casa, borrego assado, bife da vazia e o famoso frango lourado compõem a oferta. De entradas, há pimentos padrón, presunto serrano, queijo com tomate e cogumelos salteados. De entre as sobremesas caseiras, destacam-se o leite creme, o pudim e a mousse. Confortam o corpo e o espírito.

O restaurante nasceu na década de 1960.

O leite creme da casa.

A matriarca, que aprendeu a cozinhar com a sua mãe (também Glória), afirma que a sua comida “não tem segredo” e que aquela “é uma casa de família, sem grandes pretensões”. Gosta de, quando sobra tempo, ir à sala dar dois dedos de conversa com “clientes amigos”. Não foi o que fez quando, um destes dias, Rodrigo Leão e a sua equipa, depois de jantarem no Astúrias, bateram palmas aos seus dons culinários. “Não saí da cozinha. Estava cheia de trabalho.”

Ementa:

Preço médio ……15 euros (prato, bebida, sobremesa)
Especialidades: feijoada, carne estufada, arroz à valenciana, jardineira, esparguete com carne (ou com cogumelos e legumes), frango lourado (frito), carapauzinho ou sardinha petinga frita com arroz de feijão ou de tomate, lulas grelhadas
Sobremesas: leite creme, mousse, pudim, cheesecake, salada de frutas

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