Coimbra: o Italianino tem um “menu da quarentena” com pizas artesanais

A bruschetta italiana com presunto de Parma. Fotografia: Maria João Gala/Global Imagens
O chef Felice Jeva nasceu em Itália e morou em diversos países, até se apaixonar por Portugal, onde abriu um restaurante com pizas artesanais, pastas frescas e outros pratos feitos, essencialmente, com ingredientes da horta. O Italianino, em Coimbra, continua a funcionar de quarta a domingo, durante o confinamento, com o seu "menu da quarentena".

Bruschetta com presunto de Parma, spaghetti all’ amatriciana, piza com tomate, mozzarella, queijo Asiago e pimento e, por fim, panna cotta com chocolate. Este é só um dos caminhos para se ser feliz no Italianino, que Felice Jeva abriu, há cerca de um ano, na Alta de Coimbra. O chef italiano criou uma carta baseada em pizas artesanais e pastas frescas, pouco extensa, porque lhe interessa fazer “comida boa e saudável”, e isso exige produtos frescos e de época, vindos da horta, não do supermercado, explica.

Fotografia: Maria João Gala/Global Imagens

Fotografia: Maria João Gala/Global Imagens

O pequeno restaurante, onde Felice é capaz de juntar chocolate e noz aos gnocchi, guiado pela sua intuição de cozinheiro que muito cedo foi pizzaiolo, tem vista para a Sé Velha e a sua oliveira milenar, símbolo de paz e harmonia. Neste segundo confinamento, continua a funcionar em modo takeaway e com entregas ao domicílio, mas adaptou a ementa aos novos tempos. No “menu da quarentena” cabem sugestões mais amigas de levar para casa, como bruschette, piadine, pizas, massas e hambúrgueres; também duas sobremesas: tiramisu e cannoli siciliano.

“A comida não é brincadeira; é a possibilidade de viver muito e bem”, defende Felice. As massas são feitas pelo próprio, com farinha de um grão antigo e natural, recuperado e cultivado em Itália. “Se o produto primário for bom, tens de fazer pouco. Se apanhares peixe de mar, só precisas de juntar azeite e sal”, conclui. Só quando a casa reabrir ao público se poderá atestar como a presença bem-humorada do chef enche a sala – e mesmo a rua, porque é habitual ir oferecer água ou falar com os clientes à espera de vez.


Um chef entre a terra e o mar

Fotografia: Maria João Gala/Global Imagens

Felice Jeva, de 50 anos, teve negócios em diferentes países, mas apaixonou-se por Portugal quando, há três anos, chegou de férias, para surfar. “Gostei tanto, que vendi tudo. Já não vou embora”, assegura ele, que abriu o Italianino, inicialmente, na Praia da Tocha, em Cantanhede. É nesse concelho que vive e abastece a despesa. Os produtos são da horta de Ulisses Teixeira e Ana Dias, que lhe cederam parte do terreno para cultivo próprio. Já em miúdo o chef passava as férias a trabalhar em torno de culturas como o vinho e o azeite, nas terras dos avós, no Sul de Itália.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

 




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