Coimbra: aqui há comida de tacho para avivar memórias

O arroz de entrecosto em vinha d´alhos do restaurante No Tacho. Fotografia: Maria João Gala /Global Imagens
Dois anos após a abertura, o restaurante No Tacho continua apostado em resgatar memórias através da comida. É uma cozinha que procura recriar os sabores de antigamente, segue rituais, exige tempo e muita preparação. A carta, renovada há um par de meses, junta arroz de fumeiro, chanfana e outros pratos tradicionais a novidades como o lombinho ibérico ou o peito de galo celta vindo da Galiza.

Aqueles dois novos pratos são a exceção que confirma a regra: este pequeno restaurante da Baixa aposta essencialmente em produtos nacionais, de preferência, certificados. É o caso da carne marinhoa, por exemplo. O objetivo é manter a matéria-prima e ir alterando as receitas e a apresentação dos pratos, assim como os cortes de carne e os acompanhamentos, consoante as estações. É uma carta pouco extensa, muito virada para a comida de tacho – ou de caçoila, no caso da chanfana -, sem deixar de fora algumas propostas mais arrojadas.

Peito de galo celta com puré de couve-flor e batata doce.
Fotografia: Maria João Gala /Global Imagens

Bacalhau da Islândia confitado, com alho e louro, broa de milho, batata a murro e vegetais.
Fotografia: Maria João Gala /Global Imagens

Para os meses frios, o chef Vítor de Oliveira preparou algumas estreias, mesmo nas entradas (atente-se na sardinha em cama de broa, com amêndoa torrada); mas também recuperou alguns pratos. O arroz de entrecosto em vinha d’alhos, um dos clássicos da região, voltou à ementa, para regalo de muitos clientes que diziam já não o comer há décadas. “Quanto mais frio está, mais sai”, conta o chef, que é de Anadia. De vez em quando, também há pratos de caça (veado e javali), e uma reconfortante canja de galinha.

Tábua de sabores.
Fotografia: Maria João Gala /Global Imagens

A tábua de sabores, com enchidos portugueses e ibéricos, queijos e batata-doce de Aljustrel com alecrim, resume bem o espírito da casa, onde se é recebido com amouse-bouche: pode ser vinagrete de língua de vaca de Marinhoa DOP, queijo de vaca das Marinhas e azeite de Trás-os-Montes aromatizado com manjericão. Um copo de jeropiga é a derradeira cortesia do restaurante, que tem mais de 100 referências de vinhos, com enfoque na Bairrada e no Dão.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

 

 




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