Kampo, Funchal
Após mais de 20 anos a trabalhar em restaurantes de outras pessoas, Júlio Pereira decidiu criar o seu. Queria anular “o preconceito que existia sobre as cozinhas mais elaboradas” e levar “uma cozinha de chef à rua”, mantendo o fator wow. O chef, nascido numa família de talhantes e agricultores, na Ericeira, abriu o Kampo no fim de 2018, no Funchal, onde viria a criar também o Akua, mais virado para peixe e marisco. Depois de muitas andanças, fixou-se na Madeira, a terra da mulher, sem perder de vista o continente – no âmbito do projeto “Kampo de Partilha”, têm passado por ali chefs convidados com estrela Michelin. É um espaço que proporciona experiências distintas, mas não deixa de ser descontraído, com os seus lugares à mesa e ao balcão, num primeiro andar.
Quem entra encontra primeiro, no rés-do-chão, a padaria Kôdea, outro projeto do chef. Dali sai o pão de fermentação natural servido degraus acima. Para Júlio Pereira, há três coisas que não devem faltar no menu, “para os indecisos”: pão, bife com batata frita e bolo de chocolate. E, de facto, pode ser difícil escolher no Kampo, que tanto propõe atum braseado com arroz de lingueirão como filete de novilho, cogumelos e fois gras. Das entradas às sobremesas, tudo tem sabor, apresentação cuidada e algo para contar. Por exemplo, na sardinha, beringela e maracujá, o peixe é marinado em água com o mesmo teor de sal do mar e vinagre. CF
Il Gallo d’Oro, Funchal
O Il Gallo d’Oro, com duas estrelas Michelin, reabriu na passada sexta-feira. É um regresso progressivo (para já, só um dia por semana), com sala e menu renovados. O chef Benoît Sinthon sugere duas opções: uma com cinco a seis pratos, focada no “terroir” da Madeira, assente em produtos como truta, funcho, lapas, peixe espada, requeijão, banana ou maracujá; e outra que toca em diferentes latitudes, com cinco a dez pratos marcados por lagostim ou pombo. CF
Sea View Rooftop, Porto Moniz
As piscinas naturais são o emblema de Porto Moniz, e é junto delas que fica o Sea View Rooftop, do hotel Aqua Natura, de quatro estrelas. Este restaurante-miradouro, entre o mar e a montanha, propõe uma cozinha de influências mediterrânea e japonesa, tendo por base os produtos regionais. CF
A Pipa, Porto da Cruz
É num aconchego de pedra e madeira que se degusta das melhores lapas já provadas na Madeira. O restaurante/bar A Pipa está praticamente junto ao mar do Porto da Cruz, mas de costas viradas, numa rua agora pedonal e com pipas, claro, a fazer de mobília de esplanada. O bolo do caco com manteiga de alho é imperdível, as lulas grelhadas (como quase tudo o que ali se come) incontornáveis, o serviço irrepreensível num ambiente descontraído. IC
Abrigo do Poiso, Santa Cruz
A especialidade da casa é a açorda, mas a espetada a escorrer devorada em frente à lareira é do mais reconfortante que há pelas alturas da Madeira. E fica mesmo a jeito na orla da floresta do Poiso, onde as árvores brincam às escondidas com o nevoeiro. IC
Pico da Urze, Calheta
A lenha a crepitar mal se entra pela porta é a assinatura do Pico da Urze, um restaurante aconchegante, onde a espetada é rainha. IC
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