Chirashi: a arte japonesa de comer na taça em Lisboa

Antes da febre das pokebowls chegarem à capital já Miguel Bértolo servia o prato tradicional japonês chirashi num pequeno restaurante com o mesmo nome, que abriu em Telheiras, há dois anos.

Vários cortes e tipos de peixe juntam-se numa taça com raspas de limão, gengibre, abacate, lima e arroz de sushi, naquela que pode parecer mais uma recente moda de comer na tigela. Mas a tradição vem de longe. «O chirashi é um prato tradicional japonês, que junta vários ingredientes e peixe cru ou marinado numa tigela. Agora fala-se dos pokebowls, também servidos em taças, mas isso é um produto hawaiano», esclarece Miguel Bértolo, o sushiman por detrás do pequeno restaurante, que passa despercebido ao público numa rua de Telheiras.

As mesas não são muitas, mas são as suficientes, já que a componente de take-away mantém-se forte desde que o Chirashi abriu no bairro lisboeta há dois anos. A decisão veio depois de anos de experiência a trabalhar sushi e da vontade de Miguel e da mulher, Ariana, encontrarem uma alternativa à especialidade japonesa. «Achámos que o mercado estava um bocado saturado e queríamos ter um produto que permitisse reduzir o tempo de espera ao almoço. Para se fazer um serviço rigoroso e fresco de sushi não se demora menos do que 30 minutos», explica o chef, que conquistou o segundo lugar do World Sushi Cup Japan 2017, em agosto.

Abriram então a casa especializada em chirashi, que começou por ter cinco opções do prato, mas também temakis e rolos de sushi. A curiosidade ditou que o leque de chirashis aumentasse para 10, em que os principais peixes usados são atum, salmão, peixe manteiga e ainda sapateira e camarão. Cada um pode compor também o seu próprio chirashi ou trocar o arroz avinagrado por salada ou arroz integral porque não há certo nem errado nesta forma descontraída de comer sushi.

 

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