Publicidade Continue a leitura a seguir

Chef Miguel Rocha Vieira dinamiza Doca da Marinha com três espaços “anfíbios”

O Anfíbio é lderado por um restaurante principal, decorado de forma elegante e colorida. (Fotografia de Paulo Spranger/GI)

Publicidade Continue a leitura a seguir

Estendido ao longo de 300 metros frente ao rio, o novo ecossistema gastronómico batizado de Anfíbio inclui três quiosques e um restaurante desenhados por Carrilho da Graça, premiado arquiteto, e chefiados por Miguel Rocha Vieira. O cascalense estava em Budapeste, na Hungria – onde conquistou duas estrelas Michelin com os restaurantes Costes e Costes Downtown – quando recebeu um telefonema que o fez embarcar no avião e regressar a Portugal. “Foi uma proposta fácil de aceitar”, diz.

“Quando visitei este espaço ainda em obras percebi facilmente o potencial do lugar”, conta à “Evasões” o chef com três estrelas Michelin (contando com o Fortaleza do Guincho, em Cascais). O interior, com janelas do chão ao teto, e a esplanada sobre o rio foram decorados pela catalã Ingrid Aparício, numa composição elegante e colorida. A inspiração para o nome, essa, surgiu do subsolo em virtude de a cozinha de produção se encontrar numa cota abaixo do rio, ou seja, entre a terra e a água.

Para Miguel Rocha Vieira, anfíbio tanto pode significar as dicotomias “dia e noite” ou “comida e dança”, e é nesse território híbrido que situa o estilo de cozinha do Anfíbio principal, rejeitando rótulos como alta cozinha ou cozinha portuguesa. “É um espaço divertido, com comida despretensiosa e descomplicada, onde queremos que todos se divirtam”. Exemplo disso é o cliente poder finalizar alguns pratos na mesa, como enrolar o tártaro de novilho com ovas de tainha curada em presunto de vaca.

Garantida pelo chef é a utilização de produtos portugueses “sazonais, saudáveis e de baixo desperdício”. Na carta, pouco extensa, há por exemplo “Brás do Mar” com camarão da costa e molho de crustáceos; cherne assado com manteiga queimada, limão, alcaparras e puré de couve-flor; costela de novilho cozinhada 20h a baixa temperatura e depois no barbecue, com legumes assados e batata frita; e o doce “Um café e um pastel de nata, meio anfíbio”, desconstruído e com gelado de canela.

Debruçada sobre o cais marítimo-turístico da Doca da Marinha, a esplanada deverá começar a servir, a partir desta semana, vários petiscos, como carapaus alimados e ostras, exemplifica o chef. De quinta-feira a sábado, depois de a cozinha encerrar às 23h, a diversão prolonga-se com o clubbing. A presença de DJs já anima, de resto, os três quiosques Azul, Amarelo e Vermelho, retroiluminados por uma instalação de Julião Sarmento. Todos têm serviço de mesa e menus completamente diferentes.

O Azul, descrito como “boémio”, representa a ligação da cidade com o rio e o mar e traz para a mesa peixe fresco, marisco, vinhos naturais; enquanto o Amarelo evoca a luz do sol e propõe petiscos portugueses para partilhar. Já o Vermelho, “cor da paixão” e “terra a terra”, tem como especialidades a comida vegetariana e saudável e o muito pedido brunch, com panquecas que muitos já elogiam como “as melhores de Lisboa”. “Não somos nós que dizemos, são as pessoas que lá vão”, ri-se o chef.

 

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.